Mundo

Medvedev minimiza divergências com Ocidente sobre Síria

A Rússia votou de forma sistemática contra as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra o regime de Bashar al-Assad

Medvedev em 2 de julho de 2012: a Rússia votou de forma sistemática contra as resoluções do Conselho de Segurança da ONU (©AFP / Dmitry Astakhov)

Medvedev em 2 de julho de 2012: a Rússia votou de forma sistemática contra as resoluções do Conselho de Segurança da ONU (©AFP / Dmitry Astakhov)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2012 às 13h26.

Londres - "As posições de Rússia, Estados Unidos e Grã-Bretanha não estão tão afastadas como às vezes se afirma", explicou o primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, em uma entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal britânico The Times.

"Apesar das diferenças de forma, as posições de Rússia, Estados Unidos e Grã-Bretanha não estão tão afastadas como às vezes se afirma", indicou Medvedev, que foi a Londres para assistir à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos realizada na sexta-feira.

"Todos acreditamos que o pior seria uma guerra civil na Síria", acrescentou.

A Rússia votou de forma sistemática contra as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra o regime de Bashar al-Assad.

O primeiro-ministro russo não excluiu uma solução política sem Bashar al-Assad. "Não sei exatamente qual será o equilíbrio de forças políticas em um futuro e que papel Assad teria", indicou o jornal.

"Isto deve ser decidido pelo povo sírio. Nossos sócios nos pedem para apoiarmos ações mais firmes. Então uma pergunta é levantada: onde terminam as resoluções (das Nações Unidas) e onde começa a ação militar?", perguntou.

Por outro lado, Medvedev celebrou o apoio do presidente americano, Barack Obama, à entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio (OMC), e considerou que "cumpriu com sua palavra".

Medvedev tampouco descartou voltar à corrida pela presidência russa, depois de ter cedido o posto, no mês de março, a Vladimir Putin. "Ainda sou um homem jovem. Não descarto voltar à corrida se interessar ao povo", disse, para depois acrescentar: "Se estiverem fartos de mim, me aposentarei e escreverei minhas memórias".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDitaduraEuropaPrimavera árabeRússiaSíria

Mais de Mundo

Grécia adota semana de 6 dias de trabalho por falta de mão de obra qualificada

Deputado democrata defende que Biden abandone campanha

Trump consegue adiar sentença por condenação envolvendo suborno a ex-atriz pornô

OMS lança 1ª diretriz para quem pretende parar de fumar; veja as recomendações

Mais na Exame