"Me preparei para morrer", conta ex-refém japonês na Argélia
O ex-refém, que não teve o seu nome revelado, detalhou seu calvário ao jornal em inglês Daily Yomiuri, por intermédio de um porta-voz da empresa japonesa JGC Corp.
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 20h24.
Tóquio - "Me preparei para morrer", contou um ex-refém japonês que sobreviveu ao inferno de In Amenas, campo de exploração de gás no centro-leste da Argélia , onde um grupo islamita realizou um dramático sequestro, que terminou em um banho de sangue.
O ex-refém, que não teve o seu nome revelado, detalha seu calvário ao jornal em inglês Daily Yomiuri, por intermédio de um porta-voz da empresa japonesa JGC Corp., para a qual trabalhava na Argélia.
Ao amanhecer de quarta-feira, o ônibus em que ele e seus colegas estavam se distanciava da área de alojamento em um comboio. Dirigiam-se à central de exploração de gás, situada a cerca de 3 km. Ainda era noite.
Às 05h30, o comboio foi atacado por homens armados. O motorista tentou desesperadamente dar a volta para retornar, mas perdeu uma roda. Todos saíram e correram para o local dos alojamentos.
Ao chegar, o japonês se trancou em seu quarto e apagou a luz. Os agressores arrombaram a porta, o amarraram e o levaram.
Pouco depois, o homem estava com outros reféns, estrangeiros como ele.
Segundo seu testemunho, transmitido por Takeshi Endo, alguns "militantes" conversaram em árabe com alguns de seus colegas, dois dos quais logo foram mortos diante de seus olhos.
"Então, me preparei para morrer", disse.
Ele foi levado junto com um filipino para um veículo conduzido por um agressor. Outro viajava na parte traseira. O japonês viu alguns estrangeiros caídos. Ao que parece, já estavam mortos, afirmou.
De volta para a central, os disparos recomeçaram. O homem disse que talvez fossem as forças argelinas, ou os seguranças do local. O caminhão é metralhado.
O japonês se jogou no chão; seu colega filipino tremia dos pés à cabeça.
Pouco depois, os islamitas deixaram o veículo e fugiram. O homem aproveitou para sair e se esconder debaixo de um caminhão, onde permaneceu por horas.
Ao seu redor, a batalha era muito violenta. Em seu esconderijo viu um ônibus cheio de reféns, alguns com o uniforme da empresa japonesa JGC Corp.
Quando chegou a noite, decidiu sair do local onde estava e mergulhou na escuridão, para o deserto.
Ao final de uma hora de caminhada, o homem foi finalmente recuperado pelas forças argelinas.
Ele é um dos empregados da JGC Corp. que sobreviveram ao inferno de In Amenas.
Outros 17 funcionários (10 japoneses e sete de outras nacionalidades) seguem desaparecidos, mas, segundo testemunhas, nove japoneses da companhia foram assassinados a sangue frio pelos islamitas.
Na noite de sábado, após o ataque final, o Ministério do Interior argelino indicou 23 mortos estrangeiros e argelinos, assim como 32 agressores mortos pelo Exército. O registro que pode aumentar entre os trabalhadores da central, segundo o ministro da Comunicação.
No domingo foram encontrados outros 25 corpos de reféns.
Tóquio - "Me preparei para morrer", contou um ex-refém japonês que sobreviveu ao inferno de In Amenas, campo de exploração de gás no centro-leste da Argélia , onde um grupo islamita realizou um dramático sequestro, que terminou em um banho de sangue.
O ex-refém, que não teve o seu nome revelado, detalha seu calvário ao jornal em inglês Daily Yomiuri, por intermédio de um porta-voz da empresa japonesa JGC Corp., para a qual trabalhava na Argélia.
Ao amanhecer de quarta-feira, o ônibus em que ele e seus colegas estavam se distanciava da área de alojamento em um comboio. Dirigiam-se à central de exploração de gás, situada a cerca de 3 km. Ainda era noite.
Às 05h30, o comboio foi atacado por homens armados. O motorista tentou desesperadamente dar a volta para retornar, mas perdeu uma roda. Todos saíram e correram para o local dos alojamentos.
Ao chegar, o japonês se trancou em seu quarto e apagou a luz. Os agressores arrombaram a porta, o amarraram e o levaram.
Pouco depois, o homem estava com outros reféns, estrangeiros como ele.
Segundo seu testemunho, transmitido por Takeshi Endo, alguns "militantes" conversaram em árabe com alguns de seus colegas, dois dos quais logo foram mortos diante de seus olhos.
"Então, me preparei para morrer", disse.
Ele foi levado junto com um filipino para um veículo conduzido por um agressor. Outro viajava na parte traseira. O japonês viu alguns estrangeiros caídos. Ao que parece, já estavam mortos, afirmou.
De volta para a central, os disparos recomeçaram. O homem disse que talvez fossem as forças argelinas, ou os seguranças do local. O caminhão é metralhado.
O japonês se jogou no chão; seu colega filipino tremia dos pés à cabeça.
Pouco depois, os islamitas deixaram o veículo e fugiram. O homem aproveitou para sair e se esconder debaixo de um caminhão, onde permaneceu por horas.
Ao seu redor, a batalha era muito violenta. Em seu esconderijo viu um ônibus cheio de reféns, alguns com o uniforme da empresa japonesa JGC Corp.
Quando chegou a noite, decidiu sair do local onde estava e mergulhou na escuridão, para o deserto.
Ao final de uma hora de caminhada, o homem foi finalmente recuperado pelas forças argelinas.
Ele é um dos empregados da JGC Corp. que sobreviveram ao inferno de In Amenas.
Outros 17 funcionários (10 japoneses e sete de outras nacionalidades) seguem desaparecidos, mas, segundo testemunhas, nove japoneses da companhia foram assassinados a sangue frio pelos islamitas.
Na noite de sábado, após o ataque final, o Ministério do Interior argelino indicou 23 mortos estrangeiros e argelinos, assim como 32 agressores mortos pelo Exército. O registro que pode aumentar entre os trabalhadores da central, segundo o ministro da Comunicação.
No domingo foram encontrados outros 25 corpos de reféns.