Mundo

McConnell é reeleito como líder republicano do Senado dos EUA

Durante a campanha presidencial, McConnell se distanciou de Trump por seus comentários, mas agora disse estar preparado para trabalhar com o magnata

Mitch McConnell: senador por Kentucky de 74 anos, ele foi eleito de maneira unânime por seus companheiros (Carlos Barria/Reuters)

Mitch McConnell: senador por Kentucky de 74 anos, ele foi eleito de maneira unânime por seus companheiros (Carlos Barria/Reuters)

E

EFE

Publicado em 16 de novembro de 2016 às 20h55.

Washington - O líder da maioria republicana do Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, foi reeleito nesta quarta-feira por seus correligionários para continuar no cargo a partir de janeiro, quando se formará a nova sessão do Legislativo.

McConnell, senador por Kentucky de 74 anos, foi eleito de maneira unânime por seus companheiros, que com aplausos durante uma reunião privada o proclamaram líder da maioria republicana, indicou o porta-voz do legislador, Don Stewart, em entrevista à imprensa.

Durante a campanha presidencial, McConnell se distanciou do já presidente eleito, Donald Trump, por seus comentários ofensivos contra minorias e mulheres, mas agora disse estar preparado para trabalhar com o magnata e fazer avançar as políticas conservadoras nos EUA.

Por sua parte, os democratas elegeram o senador por Nova York, Chuck Schumer, para substituir Harry Reid, que se retirará do cargo em janeiro após ter liderado a maioria democrata do Senado entre 2007 e 2015, momento no qual seu partido perdeu as eleições e passou a ser o líder da minoria.

Schumer se transformará assim no democrata com mais poder em Washington para opor-se às políticas de Trump, que tem a seu favor a maioria republicana das duas câmaras do Congresso.

"Necessitamos ser o partido que fala ao povo e trabalha em nome de todos os americanos", declarou em entrevista coletiva Schumer, reforçando que os democratas precisam reconquistar a classe trabalhadora, que optou por Trump nas eleições de 8 de novembro.

Com esse objetivo, Schumer, de 65 anos, anunciou a nomeação do senador Bernie Sanders como pessoa encarregada de se conectar com a classe operária.

Sanders foi o rival da candidata presidencial democrata, Hillary Clinton, na campanha das primárias e, com sua mensagem de distribuição da riqueza e contra o poder das grandes corporações, conseguiu ganhar grande parte dos estados do meio oeste industrial, que depois respaldaram Trump.

Os resultados das eleições de 8 de novembro, quando foi renovado um terço das 100 cadeiras do Senado, deixaram 52 cadeiras com os republicanos e 48 com os democratas, o que representa uma ajustada margem para superar o mínimo de 60 votos necessários para considerar projetos legislativos.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)Partido Republicano (EUA)

Mais de Mundo

Protestos violentos da extrema direita deixam Reino Unido sob pressão

Papa Francisco pede 'busca da verdade' após eleições na Venezuela

Netanyahu diz estar disposto a percorrer 'longo caminho' nas negociações com Hamas

Kim Jong-Un enfrenta enchentes de bote após fortes temporais na Coreia do Norte; Putin oferece ajuda

Mais na Exame