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May visita Trump; Marcha anti-aborto…

Melhor não falar O presidente americano Donald Trump e o mexicano Enrique Peña Nieto conversaram por telefone durante uma hora nesta sexta-feira, e concordaram em não mais falar publicamente sobre a construção do muro para barrar imigrantes mexicanos na fronteira. Na quinta-feira, Peña Nieto cancelou uma viagem aos Estados Unidos após Trump publicar uma série […]

MAY E TRUMP: os dois tiveram um encontro amigável nesta sexta-feira  / Kevin Lamarque/Reuters

MAY E TRUMP: os dois tiveram um encontro amigável nesta sexta-feira / Kevin Lamarque/Reuters

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2017 às 17h47.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h04.

Melhor não falar

O presidente americano Donald Trump e o mexicano Enrique Peña Nieto conversaram por telefone durante uma hora nesta sexta-feira, e concordaram em não mais falar publicamente sobre a construção do muro para barrar imigrantes mexicanos na fronteira. Na quinta-feira, Peña Nieto cancelou uma viagem aos Estados Unidos após Trump publicar uma série de tuítes reafirmando que o México pagaria pela obra. Os dois também discutiram o Nafta, acordo comercial que também inclui o Canadá e é rejeitado por Trump. Mais cedo, Trump havia dito no Twitter que o México “tirou vantagem dos EUA por tempo demais”.

Efeitos colaterais 

Na quinta-feira, Trump anunciou que criará um imposto de 20% sobre produtos mexicanos para pagar o muro, e empresários americanos já demonstram preocupação. O dono da rede de televisão à cabo HDNet e do time de basquete da NBA Dallas Mavericks, Mark Cuban, disse nesta sexta-feira que uma “guerra comercial” com o México poderia ter o efeito contrário e prejudicar a própria economia americana, vitimando companhias dos EUA. Para o bilionário mexicano Carlos Slim, “as circunstâncias nos EUA são favoráveis ao México” e ele disse estar pronto para ajudar o governo mexicano a negociar com Trump. Slim chegou a jantar com o presidente americano após sua vitória em novembro.

May nos EUA

Em seu primeiro encontro com um líder estrangeiro desde que tomou posse na sexta-feira 20, Trump se reuniu com a premiê britânica, Theresa May, na Casa Branca. Em coletiva de imprensa, May disse que os dois concordaram em aumentar a cooperação militar e econômica entre americanos e britânicos, além de juntar esforços no combate ao grupo terrorista Estado Islâmico. Sobre as desavenças com a Otan, aliança militar dos países ocidentais, May está confiante de que Trump não abandonará o grupo. “Senhor presidente, acho que o senhor confirmou que está 100% com a Otan”, disse, olhando para o colega.

Relação com a Rússia

May e Trump também falaram sobre a Rússia, e na visão de Trump a relação do Ocidente com os russos será “fantástica” e “positiva”. Por outro lado, mesmo Trump, que é tradicionalmente favorável ao presidente, russo Vladimir Putin, afirmou que ainda é muito cedo para retirar as sanções impostas ao país pela anexação da Crimeia, ex-território ucraniano, em 2014.

A lista negra de Haley

Escolhida por Trump para embaixadora americana na ONU e recém-confirmada pelo Senado, a ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, advertiu aliados de que “há um novo EUA na ONU” e que vai exigir apoio integral às políticas americanas. “Para aqueles que não nos apoiem, vamos anotar nomes”, disse. Haley também afirmou que os americanos vão cortar práticas consideradas “obsoletas”, o que poderá incluir um menor financiamento à ONU. A visão de Trump sobre a ONU não é das melhores: em dezembro, o presidente afirmou que a instituição se tornou “um clube de gente para se reunir, falar e se divertir”.

“A vida está vencendo”

Após mais de 1 milhão de pessoas participarem da Marcha das Mulheres no dia seguinte à posse de Trump, dessa vez o presidente viu as ruas a seu favor: mais de 30.000 americanos se reuniram em Washington para a 44ª edição da Marcha pela Vida, uma passeata anual antiaborto. O manifesto acontece desde que a Suprema Corte decidiu legalizar o aborto no país, em 1973, mas neste ano ganhou tons pró-Trump e foi fortemente apoiada pelo presidente, que é contra o procedimento. O vice-presidente, Mark Pence, discursou no evento e declarou que “a vida está vencendo novamente na América”. No Twitter, Trump disse que a marcha é “muito importante” e que os manifestantes têm “todo o seu apoio”.

Ford: prejuízo pelo Brexit

Depois de divulgar, nesta quinta-feira, um lucro de 1,2 bilhão de dólares na Europa em 2016, a montadora Ford anunciou que 2017 não será tão bom. A empresa diz que terá um prejuízo de 600 milhões de dólares em 2017 por causa da desvalorização da libra após o Brexit — saída do Reino Unido da União Europeia. A moeda britânica teve a pior desvalorização em sete anos após um referendo que decidiu pelo Brexit, em junho. A Ford, que emprega 14.000 pessoas no Reino Unido, também se mostra preocupada com o possível aumento dos impostos num cenário em que os britânicos não façam parte da UE.

Microsoft em alta

A empresa de tecnologia Microsoft divulgou os resultados do segundo trimestre fiscal de 2017 (a empresa não conta os trimestres de acordo com o período usual do ano), superando as expectativas dos investidores. O faturamento no período foi de 24,1 bilhões de dólares e o lucro chegou a 5,2 bilhões. O destaque fica por conta do serviço em nuvem da companhia, o Azure, cujo faturamento aumentou 93% em relação ao trimestre anterior. Os faturamentos do software de documentos Office e do sistema operacional Windows cresceram 5%. Por outro lado, a compra do LinkedIn, por ora, trouxe à empresa um prejuízo de 100 milhões de dólares.

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