May diz que mantém meta de trabalhar "por todos" no Reino Unido
A premiê discursou hoje ao completar um ano desde que sucedeu David Cameron à frente do governo britânico
EFE
Publicado em 11 de julho de 2017 às 11h51.
Londres - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May , afirmou nesta terça-feira que seu objetivo de lutar contra a injustiça, e pelo bem "de todos, e não de alguns poucos", se mantém igual desde que chegou pela primeira vez ao poder há quase um ano.
May pronunciou hoje um discurso na sede da Real Sociedade das Artes (RSA, sigla em inglês), pois completa nesta quinta-feira, dia 13, um ano desde que sucedeu David Cameron à frente do governo, após a vitória do "Brexit" no referendo realizado em 23 de junho do ano passado.
A dirigente conservadora fez seu pronunciamento coincidir com a publicação do chamado relatório Taylor sobre práticas trabalhistas, que faz ao governo uma série de recomendações sobre a melhor maneira de interromper a cultura do emprego barato e a diminuição dos direitos dos trabalhadores.
A premiê admitiu que o resultado eleitoral de 8 de junho, no qual seu partido perdeu a maioria absoluta, não era o que ela tinha em mente, mas acrescentou que isso não diminuiu sua determinação de cumprir com a meta que estabeleceu em 13 de julho do ano passado, quando prometeu trabalhar para "todos".
"Estou convencida de que o caminho que eu estabeleci no meu primeiro discurso em Downing Street (a residência oficial e escritório da chefia de governo) e sobre o qual nos definimos como governo ainda é o correto. Isto levará a um Reino Unido mais forte e mais justo, que necessitamos. Vou cumprir com a mudança que as pessoas querem", afirmou May.
Sobre o relatório Taylor, elaborado pelo diretor executivo do RSA e antigo assessor do ex-primeiro-ministro trabalhista Tony Blair, a chefe de governo prometeu avaliá-lo cuidadosamente antes de considerar se o Executivo aceita suas recomendações.
Nesse sentido, May disse que o emprego está no "centro" do sucesso do Reino Unido como país.
"Um trabalho pode ser uma autêntica vocação, contribuindo com os meios para obter satisfação intelectual e pessoal, bem como a segurança econômica. Com um bom trabalho, é possível ter dignidade e senso de autoestima. O trabalho pode promover a saúde mental, física e emocional", especificou a primeira-ministra.
O relatório Taylor recomenda uma revisão nas práticas trabalhistas como o pagamento em espécie, utilizado habitualmente por trabalhadores independentes como pintores e limpadores de janelas, pois, em alguns casos, não fazem suas contribuições à previdência social.
Nesse sentido, o autor do documento pede que, ao invés do pagamento em espécie por determinados serviços, isto seja feito através de plataformas como cartões de crédito e o sistema PayPal, o que dificultaria a evasão de impostos.
O relatório também recomenda o fim dos contratos denominados "horas zero", pelos quais o trabalhador não tem garantida uma quantidade de horas por parte do empregador em sua jornada de trabalho, nem sabe quando lhe será oferecido um trabalho, nem como será remunerado.