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Mau tempo impede resgate de barco preso no gelo na Antártida

"As más condições meteorológicas obrigaram o Aurora Australis a voltar ao mar aberto esta tarde", informou a AMSA

MV Akademik Shokalskiy:O "Aurora Australis" teve de bater em retirada a 10 milhas náuticas do barco russo, imobilizado desde 3ª passada no gelo (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 16h14.

Sydney - O navio quebra-gelo australiano que foi enviado para tentar resgatar uma embarcação russa presa no gelo na Antártida teve de dar meia-volta nesta segunda-feira devido ao mau tempo, anunciaram as autoridades australianas.

O "Aurora Australis" teve de bater em retirada a 10 milhas náuticas do "MV Akademik Shokalskiy", imobilizado desde terça-feira passada no gelo a algumas milhas a leste da base francesa de Dumont d'Urville, indicou a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA).

"As más condições meteorológicas obrigaram o Aurora Australis a voltar ao mar aberto esta tarde", informou a AMSA.

"A zona na qual o MV Akademik Shokalskiy está bloqueado registra neste momento ventos de 30 nós e queda de neve que reduzem a visibilidade e tornam perigosa as condições de navegação", segundo a agência.

Uma nova tentativa será realizada quando as condições forem propícias.

O ministério russo das Relações Exteriores anunciou, por sua vez, que a maioria dos passageiros será evacuada por um helicóptero chinês se o tempo permitir.

"Foi tomada a decisão de evacuar por helicóptero os 52 passageiros e quatro membros da tripulação do barco chinês Xue Long se as condições meteorológicas permitirem", afirmou o ministério em um comunicado.

O centro de coordenação de socorro da Austrália está em contato regular com o navio.

Três barcos quebra-gelos se dirigiram ao local para tentar socorrê-lo, mas dois deles, o francês "L'Astrolabe" e o chinês "Snow Dragon", também deram meia volta por falta de capacidade suficiente.

O "Snow Dragon" chegou no sábado a menos de 7 milhas náuticas do navio russo, mas precisou retroceder porque o gelo era muito espesso.

"O navio avaliará suas possibilidades de romper o gelo para chegar ao 'Akademik Shokalskiy'", indicou à AFP a autoridade australiana de segurança marítima (ASMA).


Se não conseguir abrir passagem, "tentaremos utilizar o helicóptero a bordo do quebra-gelo chinês", acrescentou a autoridade.

Dos três quebra-gelos enviados à região, o australiano é o mais potente. Pode romper o gelo de uma espessura de 1,60 metro, mas o "Akademik Shokalskiy" está preso por gelo de 3 metros de espessura.

Um dos responsáveis pela expedição russa, Greg Mortimer, indicou que os passageiros serão retirados com o helicóptero do "Snow Dragon" se o barco australiano não conseguir alcançá-los "nos próximos dias".

Os ventos do sudeste comprimiram o gelo, que agora é muito mais firme, e se houvesse ventos do oeste a pressão diminuiria.

Apesar do fracasso da operação de resgate, a atmosfera é positiva a bordo, onde os passageiros estão sãos e salvos. Outra das responsáveis pela expedição, Chris Turney, e o correspondente do The Guardian Alo Jha, criaram na internet um diário de bordo em tom jovial.

A bordo do barco russo viajam cientistas e turistas que reproduzem a expedição histórica à Antártica realizada há um século (1911-1914) pelo explorador australiano Douglas Mawson. Também realizam alguns experimentos daquela expedição.

A embarcação circulava em uma zona onde os barcos podem passar normalmente nesta época do ano, mas uma mudança brusca das condições climáticas conduziu a embarcação a uma zona de gelo espesso.

A expedição começou há três semanas e deveria chegar à Nova Zelândia no início de janeiro.

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Sydney - O navio quebra-gelo australiano que foi enviado para tentar resgatar uma embarcação russa presa no gelo na Antártida teve de dar meia-volta nesta segunda-feira devido ao mau tempo, anunciaram as autoridades australianas.

O "Aurora Australis" teve de bater em retirada a 10 milhas náuticas do "MV Akademik Shokalskiy", imobilizado desde terça-feira passada no gelo a algumas milhas a leste da base francesa de Dumont d'Urville, indicou a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA).

"As más condições meteorológicas obrigaram o Aurora Australis a voltar ao mar aberto esta tarde", informou a AMSA.

"A zona na qual o MV Akademik Shokalskiy está bloqueado registra neste momento ventos de 30 nós e queda de neve que reduzem a visibilidade e tornam perigosa as condições de navegação", segundo a agência.

Uma nova tentativa será realizada quando as condições forem propícias.

O ministério russo das Relações Exteriores anunciou, por sua vez, que a maioria dos passageiros será evacuada por um helicóptero chinês se o tempo permitir.

"Foi tomada a decisão de evacuar por helicóptero os 52 passageiros e quatro membros da tripulação do barco chinês Xue Long se as condições meteorológicas permitirem", afirmou o ministério em um comunicado.

O centro de coordenação de socorro da Austrália está em contato regular com o navio.

Três barcos quebra-gelos se dirigiram ao local para tentar socorrê-lo, mas dois deles, o francês "L'Astrolabe" e o chinês "Snow Dragon", também deram meia volta por falta de capacidade suficiente.

O "Snow Dragon" chegou no sábado a menos de 7 milhas náuticas do navio russo, mas precisou retroceder porque o gelo era muito espesso.

"O navio avaliará suas possibilidades de romper o gelo para chegar ao 'Akademik Shokalskiy'", indicou à AFP a autoridade australiana de segurança marítima (ASMA).


Se não conseguir abrir passagem, "tentaremos utilizar o helicóptero a bordo do quebra-gelo chinês", acrescentou a autoridade.

Dos três quebra-gelos enviados à região, o australiano é o mais potente. Pode romper o gelo de uma espessura de 1,60 metro, mas o "Akademik Shokalskiy" está preso por gelo de 3 metros de espessura.

Um dos responsáveis pela expedição russa, Greg Mortimer, indicou que os passageiros serão retirados com o helicóptero do "Snow Dragon" se o barco australiano não conseguir alcançá-los "nos próximos dias".

Os ventos do sudeste comprimiram o gelo, que agora é muito mais firme, e se houvesse ventos do oeste a pressão diminuiria.

Apesar do fracasso da operação de resgate, a atmosfera é positiva a bordo, onde os passageiros estão sãos e salvos. Outra das responsáveis pela expedição, Chris Turney, e o correspondente do The Guardian Alo Jha, criaram na internet um diário de bordo em tom jovial.

A bordo do barco russo viajam cientistas e turistas que reproduzem a expedição histórica à Antártica realizada há um século (1911-1914) pelo explorador australiano Douglas Mawson. Também realizam alguns experimentos daquela expedição.

A embarcação circulava em uma zona onde os barcos podem passar normalmente nesta época do ano, mas uma mudança brusca das condições climáticas conduziu a embarcação a uma zona de gelo espesso.

A expedição começou há três semanas e deveria chegar à Nova Zelândia no início de janeiro.

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