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Mato Grosso do Sul enfrenta situação crítica com enchentes

Quatro municípios do estado já declararam estado de emergência; quase mil pessoas perderam suas casas e mais de 52 mil foram afetadas

Rio Aquidauana, no Mato Grosso do Sul: rio transbordou e atingiu cidades (Selmy Yassuda/Veja)

Rio Aquidauana, no Mato Grosso do Sul: rio transbordou e atingiu cidades (Selmy Yassuda/Veja)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 14h00.

Brasília - Nove municípios de Mato Grosso do Sul estão em situação crítica e quatro já decretaram estado de emergência por causa das enchentes dos rios da região do Pantanal. Diversas áreas do norte do estado foram atingidas por uma forte chuva nos últimos dias. O último balanço da Defesa Civil estadual registra 226 pessoas desabrigadas (alojadas pelo Poder Público, porque perderam suas casas) e 633 desalojadas (que estão em casa de parentes ou amigos), além de 52 mil afetadas, mas que não precisaram deixar suas casas.

Os afetados são aqueles que têm problemas como abastecimento de água ou perderam suas lavouras, devido ao excesso de chuva ou transbordamento de rios. O Rio Aquidauana destruiu a ponte que liga o município à BR-262. O nível do rio subiu 6,9 metros (m), de 3,5 m – que é o normal – para 10,4 m, e a inundação já deixou 148 pessoas desabrigadas ou desalojadas no município.

Além de Aquidauana, que tem uma população de aproximadamente 45 mil habitantes, decretaram emergência os municípios de Anastácio, Coxim e Paranaíba. A mesma atitude deverão tomar as prefeituras de Ribas do Rio Pardo, Dois Irmãos, Miranda, Rio Verde, Camapuã e São Gabriel, onde as lavouras de soja foram inundadas e tornam impossível a colheita. A Defesa Civil do estado classifica como crítica a situação de Aquidauana, Anastácio, Coxim, Paranaíba, Dois Irmãos, Coxim, Corumbá, Ribas do Rio Pardo e Camapuã.

O coordenador da Defesa Civil estadual, coronel do Corpo de Bombeiros Ociel Ortiz Elias, informou à Agência Brasil que os municípios atingidos pelas enchentes estão recebendo ajuda do governo estadual, com o envio de mantimentos, água potável, lençóis e fraldas. Ele disse será feito um levantamento da situação em todas as cidades para que seja encaminhado ao governo federal um pedido de recursos para reconstrução das áreas afetadas, por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional.

No município de Dois Irmãos do Buriti (a 120 quilômetros (km) da capital), a ponte de madeira sobre o Rio Jatobá foi levada pela enxurrada, na região de Rochedo. Em Paranaíba, a 410 km da capital, segundo a Defesa Civil, toda a população de 43 mil pessoas está sem abastecimento de água potável porque as chuvas danificaram e inundaram a estação de tratamento.

Conforme informações do decreto de emergência, assinado pelo prefeito José Garcia de Freitas em Paranaíba, o excesso de chuva danificou pontes nas áreas urbana e rural, inundou diversas ruas, causou rachaduras em diversas casas. Houve transbordamento dos rios Santana, Barreiro, Córrego Fazendinha e Córrego Cachoeira. No total, 20 famílias estão desabrigadas.

A situação também é considerada crítica em Coxim (a 250 km de Campo Grande), onde o Rio Taquari subiu de 3,2 metros para 5,6 metros. No total, 70 famílias estão desabrigadas e 300, desalojadas. De acordo com a Defesa Civil, 7 mil pessoas foram afetadas pela enchente no município.

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