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Mark Zuckerberg alerta contra reversão de pensamento globalizado

Comentários do CEO do Facebook ocorrem numa época em que muitas nações estão adotando uma visão cada vez mais focada em questões internas

Mark Zuckerberg: "em todo o mundo há pessoas deixadas para trás pela globalização, e movimentos para se retirar da conexão global", (Win McNamee/Getty Images)

Mark Zuckerberg: "em todo o mundo há pessoas deixadas para trás pela globalização, e movimentos para se retirar da conexão global", (Win McNamee/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 09h17.

São Francisco - O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, apresentou na quinta-feira uma visão de sua empresa servindo como um baluarte contra o crescente isolacionismo, escrevendo em uma carta aos usuários que a plataforma da empresa poderia ser a "infraestrutura social" para o globo.

Em um manifesto de 5.700 palavras, Zuckerberg, fundador da maior rede social do mundo, citou Abraham Lincoln, o presidente dos Estados Unidos durante a Guerra Civil do século XIX, conhecida por sua eloquência, e ofereceu uma pesquisa filosófica incomum para um magnata de negócios.

Os comentários de Zuckerberg ocorrem numa época em que muitas pessoas e nações de todo o mundo estão adotando uma visão cada vez mais focada em questões internas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu colocar "a América em primeiro lugar" em seu discurso inaugural em janeiro. Isso se seguiu à decisão do Reino Unido em junho de sair da União Europeia.

"Em todo o mundo há pessoas deixadas para trás pela globalização, e movimentos para se retirar da conexão global", escreveu Zuckerberg, sem mencionar movimentos específicos.

A questão, disse o executivo de 32 anos, era se "o caminho a seguir é conectar mais ou reverter o curso", acrescentando que ele defende a união de pessoas.

Citando uma carta que Lincoln escreveu ao Congresso em momento sombrio da Guerra Civil, ele escreveu para os 1,9 bilhão de usuários do Facebook: "os dogmas do passado calmo são inadequados para o presente tempestuoso".

 

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