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Marine Le Pen ameaça Bayrou e diz que “prolongar o macronismo levará ao fracasso”

Nome do novo primeiro-ministro francês foi anunciado na manhã desta sexta-feira

Marine Le Pen (em foto de 2018): antes vista como a candidata mais à direita do espectro, Le Pen pode perder a vaga no segundo turno para Zemmour (Chesnot/Getty Images)

Marine Le Pen (em foto de 2018): antes vista como a candidata mais à direita do espectro, Le Pen pode perder a vaga no segundo turno para Zemmour (Chesnot/Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 13 de dezembro de 2024 às 11h49.

A líder da extrema-direita na França, Marine Le Pen, ameaçou nesta sexta-feira, 13, o recém-nomeado novo primeiro-ministro, François Bayrou, de quem exigiu uma mudança de rumo político para evitar que sofra o mesmo destino de seu antecessor, o conservador Michel Barnier, deposto por uma moção de censura.

“Qualquer política que consista apenas em prolongar o macronismo, rejeitado duas vezes nas urnas, só pode levar a um beco sem saída e ao fracasso”, advertiu Le Pen na rede social X (ex-Twitter).

Ao contrário do partido da esquerda radical A França Insubmissa (LFI), sua legenda sinalizou que não apresentará uma moção de censura logo de cara, mas pediu que Bayrou iniciasse as negociações sobre o orçamento da nação.

“Pedimos a ele que faça o que seu antecessor não quis fazer: ouvir a oposição a fim de construir um orçamento razoável e elaborado”, declarou Le Pen.

Se o governo de Barnier parecia totalmente dependente da extrema-direita, uma vez que o bloco de esquerda o rejeitou de imediato, Bayrou parece desfrutar de uma certa indulgência de socialistas, comunistas e ecologistas.

Bayrou agora terá que nomear um Executivo e delinear suas principais linhas políticas, das quais dependerá sua sobrevivência como chefe de governo.

Por sua vez, a porta-voz parlamentar da LFI, Mathilde Panot, anunciou que uma moção de censura seria apresentada nos próximos dias.

Já a líder ambientalista Marine Tondelier afirmou que está considerando apoiar a moção, enquanto o comunista Fabien Roussel disse que não o fará desde o início, pois está esperando conhecer os objetivos de Bayrou.

Algo semelhante ao que têm dito os líderes socialistas, que ainda não se pronunciaram após o anúncio da nomeação de Bayrou, assim como a direita conservadora.

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