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María Corina Machado diz que só poderá receber Nobel em Oslo se Maduro deixar o poder

Vencedora do Nobel, Machado também acusa fraude eleitoral em 2024 e reivindica vitória de seu aliado

María Corina Machado: líder da oposição venezuelana condiciona viagem ao Nobel à liberdade do país e saída de Maduro. (Pedro Mattey/AFP)

María Corina Machado: líder da oposição venezuelana condiciona viagem ao Nobel à liberdade do país e saída de Maduro. (Pedro Mattey/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 14 de outubro de 2025 às 11h38.

María Corina Machado disse nesta segunda-feira, 13, que só poderá viajar em dezembro a Oslo, na Noruega, para receber o Prêmio Nobel da Paz se o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não estiver no poder.

Machado afirmou em entrevista ao jornal norueguês Dagens Naeringsliv que, para que ela possa viajar à capital do país nórdico, "a Venezuela deverá ser livre".

"Enquanto Maduro estiver no poder, não posso deixar o lugar onde me escondo, porque há ameaças diretas contra a minha vida", disse.

"Aprendi a viver o dia a dia, e o povo venezuelano está fazendo tudo o que está a seu alcance" por seu futuro, acrescentou.

Premiação e impacto internacional na luta pela democracia

Na última sexta-feira, María Corina Machado foi anunciada como vencedora do Prêmio Nobel da Paz 2025 "por seu incansável trabalho na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia", segundo o Comitê Nobel norueguês.

Ela disse no último domingo que ter recebido o prêmio "tem um impacto muito importante tanto nos venezuelanos quanto no próprio regime", que "percebe" que o "mundo inteiro legitima" a luta opositora enquanto Maduro "está absolutamente isolado e tem os dias contados".

Acusações de fraude eleitoral e reivindicação de vitória

Machado reivindica a vitória de seu aliado Edmundo González Urrutia, atualmente exilado na Espanha, nas eleições presidenciais de 28 de julho de 2024.

De acordo com ela e a maior parte da oposição ao governo de Maduro, González Urrutia foi o verdadeiro vencedor do pleito, que teria sido fraudado. O órgão eleitoral venezuelano, controlado por governistas, proclamou a reeleição do atual mandatário, mas sem divulgar as atas de votação, como constava no regulamento eleitoral.

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