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Margaret Thatcher terá funeral cerimonial, mas não de Estado

O suntuoso funeral com honras militares, apesar de não ser de Estado, será similar aos da rainha-mãe e da princesa Diana

Margaret Thatcher: a ex-premiê já havia rejeitado em vida que se abrisse para ela uma exceção, já que um  funeral de Estado é reservado para os monarcas (Raul Junior)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2013 às 14h44.

Londres - O Reino Unido se despedirá na próxima quarta-feira, dia 17 de abril, de sua ex-primeira-ministra Margaret Thatcher com um cortejo fúnebre pelas ruas de Londres e um suntuoso funeral com honras militares, que, apesar de não ser de Estado, será similares aos da rainha-mãe e da princesa Diana.

Os restos mortais da chamada "Dama de Ferro", que morreu ontem aos 87 anos em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC), serão transferidos por um séquito militar desde o palácio de Westminster até a catedral de Saint Paul, onde será oficiado um serviço fúnebre que contará com a presença da rainha Elizabeth II e de seu marido, o príncipe Philip.

Familiares de Thatcher e representantes do Palácio de Buckingham fecharam hoje os detalhes de uma cerimônia solene que estará só um degrau abaixo de um funeral de Estado, reservado para os monarcas, mas que pode se estender a outras personalidades com a permissão da rainha e o voto propício do Parlamento.

No entanto, Thatcher já havia rejeitado em vida que se abrisse para ela uma exceção concedida a poucos heróis britânicos, como o almirante Nelson (vencedor na batalha de Trafalgar), o duque de Wellington, que derrotou a Napoleão em Waterloo, e Winston Churchill, que liderou o Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1965, o funeral de Churchill, que se tornou uma das maiores reuniões de chefes de Estado conhecidas até então, foi a última ocasião em que a rainha Elizabeth II assistiu um funeral de um primeiro-ministro do Reino Unido. Quase meio século depois, além da presença da rainha, a cerimônia também será televisionada.

Apesar de Thatcher, que era reconhecida por sua austeridade, não querer que a câmara dos Comuns debatesse o orçamento de um funeral de Estado, a cerimônia de despedida da ex-primeira-ministra não economizará e terá poucas diferenças em relação a um funeral de maior categoria.


Além do serviço religioso na catedral de Saint Paul, ao que será seguido de um enterro privado, o palácio de Buckingham e os parentes de Thatcher quiseram dar uma aparência pública à despedida e, por isso, uma comitiva percorrerá as ruas de Londres.

Na véspera do funeral, o corpo da ex-primeira ministra descansará na capela de Santa Maria, no palácio de Westminster, sendo que, na quarta-feira, uma carruagem da artilharia irá transferi-lo desde a igreja de Clément Danes, a capela da Força Aérea britânica, até Saint Paul.

Desta forma, os britânicos poderão dar adeus à "Dama de Ferro", que, por sua vez, já havia pedido que seus restos mortais não fossem expostos em Westminster, como se ocorreu antes do funeral da rainha-mãe em 2002.

A antiga líder do Partido Conservador, que ocupou o posto de primeira-ministra do Reino Unido entre 1979 e 1990, faleceu ontem em uma cama do exclusivo hotel Ritz da capital britânica, ao que tinha sido transferida após ter passado por uma operação em janeiro.

Sua morte condicionou a agenda política britânica, já que a câmara dos Comuns interromperá amanhã seu recesso parlamentar para realizar uma sessão extraordinária para prestar tributo a uma das personalidades políticas e históricas do Reino Unido.

Tanto as fileiras conservadoras como as trabalhistas prestaram homenagem a Thatcher após sua morte, embora algumas vozes críticas preferissem questionar o gasto público que os atos dos próximos dias vão supor.

"Não sei por que estamos esbanjando dinheiro dos contribuintes em uma sessão adicional do Parlamento. É perfeitamente válido que se faça homenagens, mas poderíamos perfeitamente decidir isso na segunda-feira", assinalou o deputado trabalhista John Mann.

O ex-trabalhista George Galloway, deputado do Partido Respect, também não comparecerá, já que considera que o ato será marcado pelos elogios a Thatcher ao invés de "um debate real sobre seu legado".

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Os restos mortais da chamada "Dama de Ferro", que morreu ontem aos 87 anos em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC), serão transferidos por um séquito militar desde o palácio de Westminster até a catedral de Saint Paul, onde será oficiado um serviço fúnebre que contará com a presença da rainha Elizabeth II e de seu marido, o príncipe Philip.

Familiares de Thatcher e representantes do Palácio de Buckingham fecharam hoje os detalhes de uma cerimônia solene que estará só um degrau abaixo de um funeral de Estado, reservado para os monarcas, mas que pode se estender a outras personalidades com a permissão da rainha e o voto propício do Parlamento.

No entanto, Thatcher já havia rejeitado em vida que se abrisse para ela uma exceção concedida a poucos heróis britânicos, como o almirante Nelson (vencedor na batalha de Trafalgar), o duque de Wellington, que derrotou a Napoleão em Waterloo, e Winston Churchill, que liderou o Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1965, o funeral de Churchill, que se tornou uma das maiores reuniões de chefes de Estado conhecidas até então, foi a última ocasião em que a rainha Elizabeth II assistiu um funeral de um primeiro-ministro do Reino Unido. Quase meio século depois, além da presença da rainha, a cerimônia também será televisionada.

Apesar de Thatcher, que era reconhecida por sua austeridade, não querer que a câmara dos Comuns debatesse o orçamento de um funeral de Estado, a cerimônia de despedida da ex-primeira-ministra não economizará e terá poucas diferenças em relação a um funeral de maior categoria.


Além do serviço religioso na catedral de Saint Paul, ao que será seguido de um enterro privado, o palácio de Buckingham e os parentes de Thatcher quiseram dar uma aparência pública à despedida e, por isso, uma comitiva percorrerá as ruas de Londres.

Na véspera do funeral, o corpo da ex-primeira ministra descansará na capela de Santa Maria, no palácio de Westminster, sendo que, na quarta-feira, uma carruagem da artilharia irá transferi-lo desde a igreja de Clément Danes, a capela da Força Aérea britânica, até Saint Paul.

Desta forma, os britânicos poderão dar adeus à "Dama de Ferro", que, por sua vez, já havia pedido que seus restos mortais não fossem expostos em Westminster, como se ocorreu antes do funeral da rainha-mãe em 2002.

A antiga líder do Partido Conservador, que ocupou o posto de primeira-ministra do Reino Unido entre 1979 e 1990, faleceu ontem em uma cama do exclusivo hotel Ritz da capital britânica, ao que tinha sido transferida após ter passado por uma operação em janeiro.

Sua morte condicionou a agenda política britânica, já que a câmara dos Comuns interromperá amanhã seu recesso parlamentar para realizar uma sessão extraordinária para prestar tributo a uma das personalidades políticas e históricas do Reino Unido.

Tanto as fileiras conservadoras como as trabalhistas prestaram homenagem a Thatcher após sua morte, embora algumas vozes críticas preferissem questionar o gasto público que os atos dos próximos dias vão supor.

"Não sei por que estamos esbanjando dinheiro dos contribuintes em uma sessão adicional do Parlamento. É perfeitamente válido que se faça homenagens, mas poderíamos perfeitamente decidir isso na segunda-feira", assinalou o deputado trabalhista John Mann.

O ex-trabalhista George Galloway, deputado do Partido Respect, também não comparecerá, já que considera que o ato será marcado pelos elogios a Thatcher ao invés de "um debate real sobre seu legado".

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