Manifestantes em frente à entrada do parque Gezi na praça Taksim: desde a evacuação do parque e da praça, os manifestantes inventaram vários meios de protestar, com vários fóruns de discussão todas as noites. (REUTERS / Yannis Behrakis)
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2013 às 16h30.
Istambul - Mais de 2.000 pessoas voltaram a se reunir, nesta terça-feira à noite, na praça Taksim, em Istambul, para denunciar a decisão da Justiça de deixar em liberdade um policial acusado de ter matado um manifestante.
"Nós cobramos a conta dos assassinos", "por Ethem, pela justiça", "contra o fascismo, olho por olho", gritaram por mais de uma hora os manifestantes, muitos deles sentados em frente ao cordão de isolamento de policiais que impediam o acesso ao centro da praça.
Um policial turco se apresentou na segunda-feira à justiça por ter atingido mortalmente um manifestante, Ethem Sarisulul, em 1º de junho em Ancara, mas ele continuará livre até a abertura de seu processo.
O jovem de 26 anos, que foi atingido na testa, morreu em 14 de junho. Um vídeo que circula nas redes sociais mostram ele caindo em frente a um policial, que foge logo em seguida.
Desde o início, em 31 de maio, das manifestações contra o governo islamo-conservador, no poder na Turquia desde 2002, quatro pessoas morreram -três manifestantes e um policial- 8.000 ficaram feridas, incluindo dezenas em estado grave, segundo o último balanço fornecido pelo sindicato dos médicos turcos.
Sábado à noite, a polícia evacuou a praça Taksim, onde milhares de pessoas se reuniram para marcar o ataque brutal em 15 de junho pela polícia contra manifestantes no parque Gezi.
Desde a evacuação do parque e da praça, os manifestantes inventaram vários meios de protestar, com vários fóruns de discussão todas as noites em vários parques de Istambul.