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Manifestantes protestam no Bahrein contra unificação

A Arábia Saudita iria se unir ao Bahrein, o que gerou manifestações que chegaram até o Irã

Historicamente, Teerã tem pretensões territoriais sobre o Bahrein, um pequeno reino de maioria xiita governado por sunitas (Dan Kitwood/ Getty Images)

Historicamente, Teerã tem pretensões territoriais sobre o Bahrein, um pequeno reino de maioria xiita governado por sunitas (Dan Kitwood/ Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2012 às 17h59.

Manama - Milhares de pessoas realizaram nesta sexta-feira uma manifestação no Bahrein para protestar contra uma possível unificação do país com a Arábia Saudita, medida que foi discutida nesta semana na reunião dos países do Golfo.

Os principais grupos da oposição, junto com líderes xiitas e liberais, convocaram uma passeata que percorreu o norte da capital de Bahrein, Manama, para criticar o projeto e exigir reformas políticas no país e a libertação dos presos políticos.

Além de protestar contra uma possível unificação, os manifestantes criticaram a decisão americana de retomar parcialmente a venda de armas para Bahrein e expressaram seu apoio ao xeque Issa Qasim, um clérigo xiita acusado de promover distúrbios no país.

Em discurso realizado durante a manifestação, Qasim questionou que "os governos queiram unir os povos da região ao mesmo tempo" em que excluem a população do debate e limitam sua liberdade.

Na segunda-feira, os países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) -Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Omã, Kuwait, Bahrein e Catar realizaram uma reunião na qual decidiram debater uma possível unificação.

Milhares de pessoas se manifestaram hoje no Irã contra do plano de união entre Arábia Saudita e Bahrein, que o regime da República Islâmica considera uma eventual anexação do segundo país ao primeiro.

Historicamente, Teerã tem pretensões territoriais sobre o Bahrein, um pequeno reino de maioria xiita governado por sunitas. As autoridades de Bahrein denunciaram ultimamente as supostas ingerências do Irã em seus assuntos internos e seu apoio aos protestos no país. 

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