Manifestantes protestam contra trabalho escravo na Gregory
Durante a manifestação, a loja fechou suas portas
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2012 às 15h25.
São Paulo – Com correntes penduradas no pescoço e muitas bandeiras da União Geral dos Trabalhadores (UGT), manifestantes fizeram, no início da tarde de hoje (24), um protesto em frente à loja Gregory, localizada na Avenida Henrique Schaumann, em Pinheiros, zona oeste da capital.
A motivação do protesto, segundo os manifestantes, é porque, recentemente, foi divulgado que a grife de roupas femininas está sendo investigada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por ter contratado oficinas de confecção que utilizam trabalho escravo. Durante a manifestação, a loja fechou suas portas.
“A Gregory foi pega [usando trabalho escravo], há cerca de dez dias, e está sendo acusada, na denúncia do Ministério Público do Trabalho, por trabalho escravo. No setor de produção das oficinas, há trabalho escravo, principalmente de imigrantes bolivianos”, disse o diretor de relações sindicais do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Josimar Andrade.
Durante blitz em quatro oficinas, fiscais da Superintendência Regional de Trabalho e Emprego de São Paulo flagraram um grupo de 23 trabalhadores, a maioria bolivianos, que estariam trabalhando em situação análoga à escravidão.
Segundo Andrade, a manifestação pretende também tentar conscientizar o consumidor sobre seu papel no enfrentamento desse problema. “O consumidor deve exigir que as empresas tenham responsabilidade social, com boas práticas e boas políticas, sem praticar trabalho análogo à escravidão”, disse.
Por meio de nota, a diretora de Marketing da Gregory, Andrea Duca, nega a acusação e diz que a empresa jamais empregou mão de obra de forma irregular. Segundo Andrea, o problema está nos fornecedores. "A empresa jamais empregou mão de obra em situação irregular e, inclusive, colaborou com a fiscalização, para que as irregularidades fossem resolvidas imediatamente, pelos próprios fornecedores envolvidos. Este fato, infelizmente, foi omitido pelo Ministério do Trabalho, mas está devidamente comprovado por documentos", diz a empresa. A Gregory também informou que está aprimorando seus critérios de seleção de fornecedores para evitar que esses fatos se repitam.
Para Andrade, por ser parte da cadeia de produção e venda das roupas, a Gregory também tem grande responsabilidade sobre esse problema. “Eles são responsáveis sim. É muito fácil a empresa contratar um fornecedor e não ir lá vistoriar para ver se ele está cumprindo o que acordou no contrato. As empresas podem criar mecanismos administrativos para monitorar isso”, disse ele.
São Paulo – Com correntes penduradas no pescoço e muitas bandeiras da União Geral dos Trabalhadores (UGT), manifestantes fizeram, no início da tarde de hoje (24), um protesto em frente à loja Gregory, localizada na Avenida Henrique Schaumann, em Pinheiros, zona oeste da capital.
A motivação do protesto, segundo os manifestantes, é porque, recentemente, foi divulgado que a grife de roupas femininas está sendo investigada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por ter contratado oficinas de confecção que utilizam trabalho escravo. Durante a manifestação, a loja fechou suas portas.
“A Gregory foi pega [usando trabalho escravo], há cerca de dez dias, e está sendo acusada, na denúncia do Ministério Público do Trabalho, por trabalho escravo. No setor de produção das oficinas, há trabalho escravo, principalmente de imigrantes bolivianos”, disse o diretor de relações sindicais do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Josimar Andrade.
Durante blitz em quatro oficinas, fiscais da Superintendência Regional de Trabalho e Emprego de São Paulo flagraram um grupo de 23 trabalhadores, a maioria bolivianos, que estariam trabalhando em situação análoga à escravidão.
Segundo Andrade, a manifestação pretende também tentar conscientizar o consumidor sobre seu papel no enfrentamento desse problema. “O consumidor deve exigir que as empresas tenham responsabilidade social, com boas práticas e boas políticas, sem praticar trabalho análogo à escravidão”, disse.
Por meio de nota, a diretora de Marketing da Gregory, Andrea Duca, nega a acusação e diz que a empresa jamais empregou mão de obra de forma irregular. Segundo Andrea, o problema está nos fornecedores. "A empresa jamais empregou mão de obra em situação irregular e, inclusive, colaborou com a fiscalização, para que as irregularidades fossem resolvidas imediatamente, pelos próprios fornecedores envolvidos. Este fato, infelizmente, foi omitido pelo Ministério do Trabalho, mas está devidamente comprovado por documentos", diz a empresa. A Gregory também informou que está aprimorando seus critérios de seleção de fornecedores para evitar que esses fatos se repitam.
Para Andrade, por ser parte da cadeia de produção e venda das roupas, a Gregory também tem grande responsabilidade sobre esse problema. “Eles são responsáveis sim. É muito fácil a empresa contratar um fornecedor e não ir lá vistoriar para ver se ele está cumprindo o que acordou no contrato. As empresas podem criar mecanismos administrativos para monitorar isso”, disse ele.