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Manifestantes protestam contra May por incêndio em Londres

Os atingidos pelo incêndio acusam o governo de ignorar durante anos suas queixas sobre as medidas insuficientes de segurança no prédio

Protesto: "May tem que sair", "Justiça para Grenfell" e "Sangue em suas mãos" foram algumas das mensagens (REUTERS/Stefan Wermuth/Reuters)

Protesto: "May tem que sair", "Justiça para Grenfell" e "Sangue em suas mãos" foram algumas das mensagens (REUTERS/Stefan Wermuth/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de junho de 2017 às 16h56.

Londres - Centenas de pessoas se reuniram em frente ao número 10 de Downing Street, o endereço do escritório e residência oficial da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, em Londres para protestar pela resposta do governo ao incêndio de quarta-feira em um edifício de apartamentos na zona oeste da cidade.

Os manifestantes marcharam pela avenida Whitehall até a cerca que leva ao número 10 de Downing Street, mas não tiveram acesso à residência.

"May tem que sair", "Justiça para Grenfell" e "Sangue em suas mãos" foram algumas das mensagens que os presentes entoaram enquanto eram observados por um cordão policial.

Paralelamente, dezenas de pessoas permanecem reunidas em frente ao prédio Grenfell Tower para protestar pela resposta insuficiente dada pelo governo e pela Câmara Municipal de Kensington e Chelsea, que é responsável pela manutenção do edifício de 24 andares de propriedade pública.

Os atingidos pelo incêndio, no qual morreram pelo menos 30 pessoas, um número que ainda é provisório, acusam o governo de maioria conservadora de ter ignorado durante anos suas queixas sobre as medidas insuficientes de segurança e de combate a incêndios no prédio.

Os manifestantes também reprovam a atitude de May em relação às vítimas, pois, em sua primeira visita ao local ontem, a premiê se reuniu apenas com integrantes dos serviços de emergência, para decepção de centenas dos atingidos pelo incêndio.

May visitou hoje alguns moradores do prédio que se refugiaram na igreja local de Saint Clement, mas voltou a evitar a multidão reunida na parte externa do templo, que a chamou de "covarde".

A primeira-ministra, que está em uma posição frágil após perder a maioria absoluta nas eleições de 8 de junho, anunciou hoje que 5 milhões de libras (5,7 milhões de euros) serão destinados para oferecer ajuda de emergência às vítimas do incêndio.

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