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Manifestantes pedem rápida transição política no Egito

Bandeiras e cartazes carregavam a mensagem "queremos mudanças reais"

Praça Tahrir, no Cairo: resposta do governo aos protestos não foi suficiente (Crashsystems/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 18h04.

Cairo - Milhares de manifestantes voltaram a tomar nesta terça-feira a emblemática praça Tahrir, coração da revolução de 25 de janeiro no centro do Cairo, para reivindicar ao Governo provisório e à junta militar que comanda o Egito que acelerem as reformas democráticas e julguem os responsáveis do regime do ex-presidente Hosni Mubarak.

Nem o discurso de segunda-feira do primeiro-ministro, Essam Sharaf, nem a renúncia do vice-primeiro-ministro, Yehia el Gamal, apresentada nesta terça-feira, nem as promessas dos militares de respeitar a vontade do povo evitaram que a praça Tahrir voltasse a encher-se de bandeiras e cartazes com uma mensagem: "Queremos mudanças reais".

A convocação do protesto não mobilizou tanta gente como na sexta-feira passada, mas voltou a demonstrar que muitas pessoas esperam que a transição seja realizada de forma mais rápida do que ocorreu até agora.

Nas últimas 24 horas, as autoridades lançaram uma ofensiva de respostas às reivindicações, mas não foi suficiente para frear o protesto.

Primeiro Sharaf anunciou nesta segunda-feira uma reforma do Gabinete para daqui a uma semana; depois, a junta militar reiterou que abandonará o poder; em seguida, foram anunciadas novas condenações de antigos ministros de Mubarak e o Conselho Supremo de Justiça anunciou que os julgamentos serão públicos; por fim, caiu o vice-primeiro-ministro.

De pouco serviu tudo isso para conter os protestos na Tahrir. Revoltado com o ritmo da transição, o guia turístico Emad el Magrabi, de 29 anos, usou uma metáfora informática para ilustrar a situação.

"O povo egípcio deve mudar duas coisas: o hardware, ou seja, seus governantes, líderes e instituições; e o software, isto é, sua forma de pensar, já que viveu durante 30 anos sob a ditadura de Mubarak e isso afetou a mentalidade do povo", declarou o manifestante à Agência Efe.

A Polícia e as Forças Armadas permaneceram à margem dos protestos e se limitaram apenas a fazer a segurança de prédios oficiais, como o Parlamento. Mais uma vez, a segurança das manifestações ficou a cargo dos comitês populares, que pediam a identificação e registravam aqueles que quisessem acessar a praça, interditada para o trânsito de veículos.

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Cairo - Milhares de manifestantes voltaram a tomar nesta terça-feira a emblemática praça Tahrir, coração da revolução de 25 de janeiro no centro do Cairo, para reivindicar ao Governo provisório e à junta militar que comanda o Egito que acelerem as reformas democráticas e julguem os responsáveis do regime do ex-presidente Hosni Mubarak.

Nem o discurso de segunda-feira do primeiro-ministro, Essam Sharaf, nem a renúncia do vice-primeiro-ministro, Yehia el Gamal, apresentada nesta terça-feira, nem as promessas dos militares de respeitar a vontade do povo evitaram que a praça Tahrir voltasse a encher-se de bandeiras e cartazes com uma mensagem: "Queremos mudanças reais".

A convocação do protesto não mobilizou tanta gente como na sexta-feira passada, mas voltou a demonstrar que muitas pessoas esperam que a transição seja realizada de forma mais rápida do que ocorreu até agora.

Nas últimas 24 horas, as autoridades lançaram uma ofensiva de respostas às reivindicações, mas não foi suficiente para frear o protesto.

Primeiro Sharaf anunciou nesta segunda-feira uma reforma do Gabinete para daqui a uma semana; depois, a junta militar reiterou que abandonará o poder; em seguida, foram anunciadas novas condenações de antigos ministros de Mubarak e o Conselho Supremo de Justiça anunciou que os julgamentos serão públicos; por fim, caiu o vice-primeiro-ministro.

De pouco serviu tudo isso para conter os protestos na Tahrir. Revoltado com o ritmo da transição, o guia turístico Emad el Magrabi, de 29 anos, usou uma metáfora informática para ilustrar a situação.

"O povo egípcio deve mudar duas coisas: o hardware, ou seja, seus governantes, líderes e instituições; e o software, isto é, sua forma de pensar, já que viveu durante 30 anos sob a ditadura de Mubarak e isso afetou a mentalidade do povo", declarou o manifestante à Agência Efe.

A Polícia e as Forças Armadas permaneceram à margem dos protestos e se limitaram apenas a fazer a segurança de prédios oficiais, como o Parlamento. Mais uma vez, a segurança das manifestações ficou a cargo dos comitês populares, que pediam a identificação e registravam aqueles que quisessem acessar a praça, interditada para o trânsito de veículos.

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