Mundo

Manifestações em apoio a Cristina Kirchner reúnem milhares de pessoas na Argentina

Vice-presidente enfrenta um julgamento por corrupção e um pedido da promotoria de 12 anos de prisão e inabilitação política

A ex-presidente Cristina Kirchner acena ao público ao chegar à corte de Comodoro Py para participar de audiência em julgamento de corrupção, em 2 de dezembro de 2019, em Buenos Aires (AFP/AFP)

A ex-presidente Cristina Kirchner acena ao público ao chegar à corte de Comodoro Py para participar de audiência em julgamento de corrupção, em 2 de dezembro de 2019, em Buenos Aires (AFP/AFP)

A

AFP

Publicado em 27 de agosto de 2022 às 20h26.

Milhares de pessoas se manifestaram neste sábado em praças e avenidas públicas da Argentina em apoio à vice-presidente Cristina Kirchner, que enfrenta um julgamento por corrupção e um pedido da promotoria de 12 anos de prisão e inabilitação política.

A convocação para o protesto foi feita em redes sociais. Cristina Kirchner, 69, foi acusada com outras 12 pessoas pelos crimes de associação ilícita e administração fraudulenta agravada em um caso de corrupção na licitação de obras públicas quando ela era presidente (2007-2015).

A prefeitura de Buenos Aires, controlada pelo opositor de direita Horacio Larreta, ordenou a instalação de uma cerca para impedir que os manifestantes chegassem à esquina da residência de Cristina, epicentro de vigílias e manifestações na semana passada.

"As cercas instaladas pelo senhor Larreta representam mais do que impedir a livre circulação. São mais do que sitiar a vice-presidente da nação", publicou Cristina em suas redes sociais. "Querem proibir as manifestações de amor e apoio absolutamente pacíficas e alegres que acontecem diante da já inocultável perseguição do partido judicial", afirmou.

Funcionários, deputados e líderes políticos, sindicais e sociais somaram-se à convocação na Recoleta. "Estamos muito acostumados a resistir em paz. Tampouco deixaremos que saiam impunes e que se sitie o local onde reside a vice-presidente", disse a porta-voz da presidência, Gabriela Cerruti, que estava entre os manifestantes.

As vigílias em frente ao prédio em que Cristina reside tem sido diárias desde que, na última segunda-feira, a promotoria pediu ao tribunal 12 anos de prisão para a ex-presidente e sua inabilitação política perpétua.

Em outras partes do país, incluindo Tucumán (noroeste), Córdoba (centro) e Rosário (centro-leste), milhares de pessoas também se reuniram e se manifestaram pacificamente.

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaBuenos AiresCristina Kirchner

Mais de Mundo

Após ser atingido por ciclones e terremotos em um mês, Cuba recebe ajuda internacional

Bruxelas diz que negociação com Mercosul está progredindo, mas não dá prazo para conclusão

EUA criticam mandados de prisão da Corte de Haia contra Netanyahu e ex-ministro

Em autobiografia, Angela Merkel descreve Trump como alguém 'fascinado' por autocratas