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Mali "em guerra" depois de separatistas raptarem 30 pessoas

O primeiro-ministro estava visitando Kidal pela primeira vez desde a sua nomeação no mês passado para retomar negociações com os grupos armados do norte


	"À luz desta declaração de guerra, a República do Mali está a partir de agora em guerra", disse o primeiro ministro
 (KENZO TRIBOUILLARD/AFP/Getty Images)

"À luz desta declaração de guerra, a República do Mali está a partir de agora em guerra", disse o primeiro ministro (KENZO TRIBOUILLARD/AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2014 às 16h06.

Kidal - O primeiro-ministro de Mali disse que seu país estava em guerra com separatistas tuaregues depois de os rebeldes atacarem uma cidade do norte que ele estava visitando, matando oito soldados e sequestrando cerca de 30 funcionários públicos.

Alguns disparos já haviam sido feitos antes da chegada do primeiro-ministro Moussa Mara em Kidal, cedo no sábado, e ele foi forçado a se abrigar em uma base do exército enquanto combatentes rebeldes atacaram e tomaram o gabinete do governador regional.

Os confrontos continuaram durante todo o dia, com disparos esporádicos eventualmente diminuindo durante a noite.

"À luz desta declaração de guerra, a República do Mali está a partir de agora em guerra", disse Mara a um repórter da Reuters no interior da base, durante a noite.

O primeiro-ministro estava visitando Kidal pela primeira vez desde a sua nomeação no mês passado para retomar negociações com os grupos armados do norte.

Mali, uma ex-colônia francesa, entrou em tumulto em 2012, quando os islâmicos ligados à Al Qaeda se aproveitaram de uma rebelião liderada pelos tuaregues e tomaram o controle do norte do país.

Uma operação militar liderada pelos franceses, conhecida como Serval, afastou os islâmicos no ano passado, mas agora o foco do governo de Mali voltou-se para os rebeldes tuaregues.

Um porta-voz do grupo rebelde MNLA reivindicou o controle da cidade de Kidal no domingo. Durante o dia, Mara mudou-se de Kidal para outra cidade do norte, Gao.

Os confrontos, potencialmente os piores entre o governo e os rebeldes tuaregues desde a intervenção francesa, agora ameaçam atrapalhar os esforços para encontrar uma solução pacífica para o longo ciclo de rebeliões no deserto ao norte do país do oeste africano.

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