Buscas pelo avião do voo MH370 (Greg Wood/AFP/AFP)
EFE
Publicado em 6 de janeiro de 2018 às 09h43.
Última atualização em 6 de janeiro de 2018 às 09h44.
Bangcoc - O governo da Malásia fez um acordo com a empresa americana Ocean Infinity para retomar as buscas no oceano Índico do avião da Malaysia Airlines desaparecido em março de 2014 com 239 pessoas a bordo, informaram neste sábado fontes oficiais.
O ministro de Transportes da Malásia, Liow Tiong Lai, confirmou que, com base no que foi pactuado, a operação só terá um custo econômico para o governo se for concluída com sucesso.
A assinatura do contrato será formalizada na próxima semana, adiantou o representante do governo em declarações aos veículos de imprensa.
Previamente, a agência "Bernama" havia publicado que os representantes governamentais avaliam pagar uma recompensa de US$ 20 milhões a US$ 70 milhões caso o avião seja localizado.
Mark Antelme, porta-voz da Ocean infinity, apontou na quarta-feira à Agência Efe que esperam "a retomada das buscas do MH370 nos próximos dias".
O barco Seabed Construtor, da companhia americana, partiu da África do Sul na última terça-feira com rumo à Austrália, onde deve chegar no início de fevereiro, "para economizar tempo diante da iminente assinatura do contrato", informou Antelme por e-mail.
O avião malaio desapareceu 40 minutos após decolar de Kuala Lumpur rumo a Pequim, e depois que alguém desligou os sistemas de comunicação e desviou a rota da aeronave de maneira intencional, segundo a investigação oficial.
Em janeiro deste ano, as autoridades da Malásia, da Austrália e da China deram como encerradas as buscas no leito marítimo após completarem sem sucesso o rastreamento, durante meses, de cerca de 120 mil quilômetros quadrados do oceano Índico determinados pelos especialistas, em uma operação que custou US$ 135 milhões.
Meses depois, investigadores australianos da agência governamental CSIRO apontaram com maior precisão o local onde pode ter caído a aeronave, uma área de até 25 mil quilômetros quadrados.
A Ocean Infinity afirma contar uma frota comercial com a tecnologia mais avançada do mundo para explorar o fundo do mar e realizar um mapeamento preciso até 6 mil metros de profundidade, com até seis veículos autônomos. EFE