Malásia estuda respostas a queda de avião na Ucrânia
O país estuda a aplicação das leis internacionais no contexto da queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2014 às 06h40.
Kuala Lumpur - A Malásia está estudando quais ações podem ser tomadas segundo as leis internacionais no contexto da queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, afirmou o primeiro-ministro Najib Razak.
"Eu instrui o procurador-geral a estudar esse assunto para garantir que qualquer ação que seja tomada pela Malásia esteja em linha com as leis internacionais", afirmou Najib ao Parlamento, em reunião especial para discutir a queda do voo MH17, com 298 pessoas a bordo.
Especialistas em direito estão divididos se a queda do voo constitui um crime de guerra. Advogados dos 11 países com cidadãos mortos na queda da aeronave também teriam que avaliar onde os supostos criminosos seriam trazidos à justiça. Suspeita-se que o avião tenha sido atingido por um míssil terra-ar quando sobrevoava a região de Donetsk.
A Ucrânia e os EUA acusam os rebeldes apoiados por Moscou de dispararem o míssil, enquanto a Rússia e os separatistas negam a responsabilidade.
Apesar de um número crescente de evidências, Najib continua a adotar uma posição cautelosa. Ele reiterou nesta quarta-feira que a Malásia não irá indicar culpados até que sejam apresentadas evidências concretas.
Entre as questões em aberto, o primeiro-ministro malaio citou que ainda não se sabe se o avião foi atingido por um míssil guiado, as identidades dos criminosos, os motivos, e quem forneceu o armamento. Najib também ressaltou que a Malásia quer saber se o ataque foi planejado ou um acidente. "Tudo isso requer clara e comprovada evidência", afirmou. Fonte: Associated Press.