Malásia devolverá milhares de toneladas de plástico aos países de origem
A Malásia quer devolver 3 mil toneladas de plástico que chegaram de forma ilegal de pelo menos 14 países
Agência Brasil
Publicado em 28 de maio de 2019 às 13h46.
Última atualização em 28 de maio de 2019 às 13h50.
Depois de a China ter proibido a importação de lixo plástico , interrompendo o fluxo de mais de 7 milhões de toneladas por ano, a Malásia tornou-se o principal receptor mundial desse tipo de resíduo. Agora, o governo quer devolver 3 mil toneladas de plástico que não podem ser reaproveitáveis e que chegaram ao país de forma ilegal.
O lixo que a Malásia recebe é, na maior parte dos casos, reciclado e reaproveitado. Ocorre que nem todo o plástico pode ser reciclado e, por isso, o governo afirma que vai devolver aos países de origem cerca de 3 mil toneladas desse tipo.
Yeo Bee Yin, ministra da Energia, Tecnologia, Ciência, Meio Ambiente e Mudança Climática, informou que 60 contêineres de lixo que foram importados ilegalmente vão ser devolvidos.
"Esses contêineres foram trazidos ilegalmente para a Malásia, sob falsa declaração e outros delitos que claramente violam a nossa lei ambiental", disse Yeo aos jornalistas, depois de inspecionar os embarques em Port Klang, nos arredores da capital.
O plástico impróprio para reciclagem é queimado, liberando produtos químicos tóxicos na atmosfera. Muitas vezes, ele acaba em aterros sanitários, contaminando o solo e as fontes de água.
As autoridades da Malásia identificaram pelo menos 14 países na origem destes contêineres. Entre eles estão os Estados Unidos, o Japão, a França, o Canadá, a Austrália, Grã-Bretanha e Espanha.
Na Malásia, depois de a China ter proibido a recepção desse tipo de produto, surgiram dezenas de fábricas de reciclagem, muitas sem licença de operação. Essa situação tem levado a população a manifestar preocupação com os problemas ambientais criados pela nova