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Mais de 500 bombeiros controlam grande incêndio no centro de Lima

O grande incêndio começou em armazéns na zona comercial de Mesa Redonda, na parte antiga de Lima

Lima: 300 pessoas morreram em 2001 em um incidente similar (Mariana Bazo/Reuters)

Lima: 300 pessoas morreram em 2001 em um incidente similar (Mariana Bazo/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de abril de 2019 às 16h28.

Lima - Mais de 500 bombeiros participaram do combate a um incêndio que foi deflagrado na tarde de ontem em uma zona comercial do centro histórico de Lima, no Peru, e que foi controlado quase em sua totalidade durante a madrugada deste sábado, sem causar vítimas, mas sim grandes perdas econômicas

Embora ainda haja pequenos focos de chama, as autoridades peruanas assinalaram que a expectativa é que nas próximas horas de hoje seja totalmente sufocado para que se possa iniciar a remoção dos escombros.

O grande incêndio começou em armazéns na zona comercial de Mesa Redonda, na parte antiga de Lima, onde 300 pessoas morreram em 2001 em um incidente similar.

Entre as autoridades que compareceram ao local estava o prefeito de Lima, Jorge Muñoz, que anunciou que será realizada uma avaliação dos imóveis comprometidos pelas chamas e garantiu que os estabelecimentos contavam com licença de funcionamento e autorização da Defesa Civil.

"Estive conversando com o ministro do Interior, Carlos Morán, que ofereceu a presença policial na área para fazer o trabalho que corresponde", afirmou Muñoz antes de dizer que serão realizadas "algumas melhorias neste local para que isto não se repita".

O chefe da Região Policial de Lima, Mario Arata, informou, por sua parte, que os trabalhos de recuperação demorarão entre três a quatro semanas e que o incêndio deixou grandes perdas econômicas.

"Há grandes perdas, este é um trabalho que vai demorar entre três a quatros semanas. Estamos trazendo maquinarias pesadas para levantar os escombros", declarou Arata à emissora estatal "TV Perú".

O chefe policial acrescentou que até o local foram deslocados centenas de agentes, que se encarregaram de resguardar a segurança e apoiar os bombeiros nos trabalhos de evacuação e segurança.

"Cerca de 350 policiais foram destinados para a cobertura dos serviços de segurança, evacuação e apoio dos bombeiros. Alguns comerciantes resistiram, mas depois entenderam que era muito perigoso ficar aqui", relatou.

Os bombeiros voluntários do Peru confirmaram à Efe que o incêndio começou por volta das 17h30 de ontem (horário local, 19h30 de Brasília) por causas ainda não determinadas, no edifício de uma galeria na qual aparentemente eram armazenados produtos de limpeza inflamáveis.

As chamas consumiram um edifício de vários andares e, após a ocorrência de várias explosões, o fogo se propagou a um imóvel situado em frente no qual, segundo indicaram moradores da região, funciona uma escola, que estava fechada por ser Sexta-Feira Santa.

O presidente do Peru, Martín Vizcarra, chegou ao local poucas horas depois e, após conversar com os comandantes dos bombeiros, declarou que o incêndio já tinha sido "desterrado" para evitar sua propagação, mas os bombeiros ainda deviam trabalhar "toda a noite".

A zona comercial de Mesa Redonda sofreu em 29 de dezembro de 2001 um gigantesco incêndio em uma área dedicada à venda e ao armazenamento clandestino de produtos pirotécnicos, o que causou a morte de 300 pessoas, naquela que é considerada a maior tragédia deste tipo na história do Peru.

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