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Mais de 300 mil professores de Los Angeles entram em greve

Cerca de 1.100 escolas e 500.000 estudantes serão afetados pela paralisação; greve ocorre pela primeira vez em 30 anos

Professores de Los Angeles entraram em greve nesta segunda-feira (14) (Mike Blake/Reuters)

Professores de Los Angeles entraram em greve nesta segunda-feira (14) (Mike Blake/Reuters)

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AFP

Publicado em 14 de janeiro de 2019 às 19h09.

Os professores de Los Angeles entraram em greve nesta segunda-feira (14), a primeira em três décadas e que afeta ao menos meio milhão de estudantes.

Sob uma chuva incomum, mais de 300.000 professores abandonaram as salas de aula para exigir melhores salários, turmas menores e mais educadores.

"Estamos aqui neste dia chuvoso, no país mais rico do mundo, no estado mais rico do país, em um estado que não pode ser mais azul (símbolo do Partido Democrata, liberal), em uma cidade cheia de milionários, onde os professores têm que entrar em greve para obter o básico para os nossos estudantes", disse o líder do sindicato, Alex Caputo-Pearl, em coletiva de imprensa.

"Precisamos de mais ajuda nas salas de aula, precisamos de mais ajuda nos escritórios, precisamos de enfermeiras pagas em cada escola. Não tivemos escolha, não queria estar aqui, preferiria ficar na minha sala, mas a situação chegou até aqui e continuaremos aqui fora enquanto for necessário".

A greve ocorre depois que, na semana passada, fracassaram as negociações entre o sindicato e os responsáveis do segundo maior distrito escolar do país (LAUSD).

Embora o sindicato de professores e o distrito escolar concordem que o tamanho das turmas - algumas com mais de 40 alunos - deva ser reduzido, que os salários dos professores devam melhorar e sobre a necessidade de mais equipes de apoio, as partes diferem sobre o financiamento.

O LAUSD insiste que se esforçou muito para evitar a greve e que o distrito simplesmente não tem dinheiro suficiente para atender a todas as demandas. Uma oferta revisada apresentada na sexta-feira, que pedia aproximadamente 24 milhões de dólares a mais em fundos e outros 1.200 professores para o próximo ano letivo, foi rejeitada.

"Sabemos que os professores merecem melhores salários e trabalhar em um ambiente onde as crianças tenham a melhor educação possível. Estamos empenhados em dar aos professores o melhor que podemos com os recursos disponíveis", escreveu o LAUSD em seu site.

Cerca de 1.100 escolas e 500.000 estudantes serão afetados pela paralisação. O LAUSD informou, no entanto, que as escolas estarão abertas durante a paralisação.

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