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Mais de 300 mil fogem após combates no Paquistão

Autoridades estenderam até este domingo o prazo para a saída dos civis da região tribal onde ocorre há uma semana uma ofensiva militar


	Soldados patrulham a área do aeroporto de Karachi, no Paquistão, após o ataque
 (Asif Hassan/AFP)

Soldados patrulham a área do aeroporto de Karachi, no Paquistão, após o ataque (Asif Hassan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 16h39.

Islamabad - As autoridades paquistanesas estenderam até este domingo o prazo para a saída dos civis, mais de 300 mil até agora, da região tribal onde ocorre há uma semana uma ofensiva militar contra os jihadistas.

Fontes oficiais citadas pela imprensa local garantiram que o exército previa começar grandes operações terrestres neste fim de semana na região do Waziristão do Norte, mas a saída maciça de civis obrigou a transferência do início da operação para amanhã. Segundo uma fonte oficial citada pelo jornal "Dawn", o movimento em massa de tropas começará "assim que acabar a saída dos civis".

Diversos veículos de comunicação situam em 30 mil o número de soldados envolvidos nas operações, que começaram no domingo passado com uma série de bombardeios em diversos pontos da região, considerada o principal bastião dos talibãs e outras redes jihadistas.

O organismo de gestão de desastres das áreas tribais calculou em 307 mil os deslocados nos últimos dias dentro de território paquistanês, incluindo 132 mil crianças. Outros milhares fugiram nas últimas semanas para o Afeganistão.

O vice-governador da província afegã de Khost, fronteira com Waziristão do Norte, Wahid Patan, afirmou hoje à Agência Efe que, pelo menos, 12 mil civis chegaram fugidos em solo afegão nas duas últimas semanas, e que muitos estão vivendo nas ruas.

Já os deslocados dentro do Paquistão estão espalhados por várias regiões da província noroeste de Khyber Pakhtunkhwa (KPK), nas redondezas da zona afetada.

O diretor da Autoridade de Gestão de Desastres de KPK, Tahir Orakzai garantiu ontem à Efe que a maioria se aloja com parentes e conhecidos nos arredores da cidade de Bannu, e que se está fazendo um grande esforço por ajudá-los com os recursos necessários.

Desde o início da ofensiva, denominada "Zarb-e-Azb", as autoridades impuseram o toque de recolher nas principais localidades do Waziristão do Norte e estabeleceram um cordão de segurança para evitar a fuga de insurgentes. No entanto, as medidas foram relaxadas para permitir a saída dos civis antes de iniciar a fase terrestre da operação, e, até agora, metade da população da região já saiu.

Desde o início da intervenção militar, 260 insurgentes morreram, segundo a informação fornecida por autoridades civis e militares.

O primeiro-ministro do país, Nawaz Sharif, garantiu na segunda-feira passada que a ofensiva militar continuará até que "todos os terroristas sejam eliminados".

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