Mogadíscio, capital da Somália: país sofre com conflito armado (TSGT PERRY HEIMER/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2010 às 13h18.
Genebra, 10 dez (EFE).- Cerca de 2 milhões de somalis, cerca de 27% da população da Somália, requerem ajuda humanitária, alertou nesta sexta-feira a representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesse país, Marthe Everard.
Entre este número de necessitados se incluem quase 1,5 milhão de refugiados internos que existem na Somália e que transformam o país africano em um dos que mais refugiados tem no mundo.
Everard destacou que o conflito civil latente na Somália causou neste ano mais de 500 mortes. Em apenas três hospitais de Mogadíscio, foram contabilizados 7 mil feridos, dos quais um em cada cinco eram crianças, e um em cada três eram mulheres.
"O conflito, com frequência, obstrui o acesso ao atendimento sanitário, à água limpa, à educação, aos abrigos de emergência, e certamente à comida", explicou a representante da OMS na Somália.
Um dos grandes problemas do país é a falta de funcionários de saúde, pois na Somália, com pouco mais de 8 milhões de habitantes, só há cerca de 250 médicos e 860 enfermeiros.
Na Tunísia, por exemplo, um país com população semelhante à da Somália, há 13.300 médicos e 28.500 enfermeiros, comentou Everard na sede europeia das Nações Unidas.
Fruto destas carências sanitárias, uma em cada cinco crianças somalis morrem antes de completar cinco anos.