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Mais de 130 presos esperam no corredor da morte da Indonésia

Dos sentenciados, 57 contam com penas por tráfico de drogas, dois são culpados por atos terroristas e os 74 restantes são por crimes que não foram detalhados


	Brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, condenado à morte na Indonésia, em prisão de Jacarta: ele e outros cinco prisioneiros foram executados no domingo
 (Beawiharta/Reuters)

Brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, condenado à morte na Indonésia, em prisão de Jacarta: ele e outros cinco prisioneiros foram executados no domingo (Beawiharta/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 09h00.

Bangcoc - Mais de 130 presos estão no corredor da morte na Indonésia, declarou nesta quarta-feira a ministra de Leis e Direitos Humanos, Yasonna Laoly, após a execução de seis detentos no domingo, incluído um brasileiro.

"Queremos dar uma informação precisa, o número de indivíduos condenados à pena de morte em varias prisões (do país) é de 133", precisou Laoly diante da Casa de Representantes do país asiático, segundo o jornal "Jakarta Post".

Dos sentenciados, 57 contam com penas por tráfico de drogas, dois são culpados por atos terroristas e os 74 restantes são por crimes que não foram detalhados pela ministra.

O procurador-geral da Indonésia, Prasetyo, declarou ontem que mais de 60 presidiários esperam a execução, embora não tenha mencionado nem quando e nem onde serão materializadas as penas.

No domingo, seis prisioneiros (5 estrangeiros, entre eles um brasileiro, e um indonésio) foram fuzilados por um pelotão na ilha Java, após serem considerados culpados por delitos de tráfico de droga.

"Isto enviará uma mensagem aos membros dos sindicatos da droga. Não há clemência para os traficantes", indicou o procurador-geral antes da execução das penas.

Organizações pró direitos-humanos, como Anistia Internacional (AI), pediram uma moratória na pena de morte ao presidente indonésio, Joko Widodo, que tomou posse do cargo em outubro e foi considerado por muitos ativistas como uma esperança de uma mudança no país.

"O novo governo indonésio jurou o cargo com a promessa de melhorar o respeito pelos direitos humanos, mas proceder com estas execuções é um movimento regressivo", disse o diretor da AI na Ásia, Rupert Abbott, antes das execuções. 

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