Egípcios deixam a Líbia: EUA prometeram US$ 10 milhões para ajudar (AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2011 às 18h27.
Quito - Mais de 100 mil estrangeiros, sobretudo egípcios e tunisianos, já fugiram da Líbia e se espera a saída de um número "muito maior", revelou nesta terça-feira o Secretário de Estado Adjunto para População, Refugiados e Migração dos Estados Unidos, Eric Schwartz.
Além disso, "alguns milhares" de líbios abandonaram seu país desde o início dos protestos contra o regime de Muammar Kadafi, afirmou Schwartz, que finalizou nesta terça-feira uma visita de quatro dias ao Equador e continuará sua viagem na Colômbia.
Schwartz reconheceu que as informações sobre a situação humanitária dentro da Líbia "são limitadas" e disse não poder descartar que haja uma onda de refugiados líbios rumo às fronteiras, mas indicou que por enquanto o fator mais preocupante é o grande fluxo de estrangeiros.
"O maior desafio é o movimento em grande escala de estrangeiros que querem sair da Líbia, de mais de 100 mil, principalmente egípcios e tunisianos, que já fugiram", explicou o funcionário americano à Agência Efe.
"Podemos esperar que sejam muitos mais", alertou Schwartz.
Segundo dados da Comissão Europeia, na Líbia há 1,5 milhão de estrangeiros.
O funcionário americano indicou que é necessário estabelecer "instalações de recepção" ao longo das fronteiras com a Líbia, assim como proporcionar meios de transporte para resgatar essas pessoas a seus países de origem, para que sua permanência nos campos de amparo seja "temporária".
Os EUA analisam atualmente a melhor maneira de executar essas retiradas: por ar, terra ou ambos.
O Departamento de Estado dos EUA anunciou que reservará US$ 10 milhões para responder à emergência, mas Schwartz indicou que esse número constitui "o começo do apoio".
Por sua parte, a Organização da Conferência Islâmica (OCI) fez nesta terça-feira um apelo urgente a seus países-membros para que ajudem a Tunísia no resgate dos milhares de refugiados estrangeiros que chegaram a seu território e que se encontram "em condições precárias".