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Mais de 100 mil bebês morrem por ano devido às guerras, diz ONG

O número de mortos chega a 870.000 se forem incluídas todas as crianças com menos de cinco anos, considera a ONG Save the Children

Mortalidade infantil: segundo uma ong, ao menos 550 mil bebês morreram entre 2013 e 2017 nos 10 países mais afetados por guerras (Agence France-Presse/AFP)

Mortalidade infantil: segundo uma ong, ao menos 550 mil bebês morreram entre 2013 e 2017 nos 10 países mais afetados por guerras (Agence France-Presse/AFP)

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AFP

Publicado em 15 de fevereiro de 2019 às 09h56.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2019 às 09h59.

Mais de 100.000 bebês morrem por ano devido a conflitos armados, informa a ONG Save the Children em um informe publicado nesta sexta-feira na Alemanha.

Segundo a organização, ao menos 550 mil bebês morreram entre 2013 e 2017 nos 10 países mais afetados por guerras, devido à fome, falta de higiene ou de acesso a cuidados médicos, ou por rejeição de ajuda.

O número de mortos chega a 870.000 se forem incluídas todas as crianças com menos de cinco anos, considera a ONG, que precisa que a tragédia talvez esteja subestimada.

Em comparação, cerca de 175.000 combatentes teriam falecido no mesmo período nos países estudados: Afeganistão, Iêmen, Sudão do Sul, República Centro-Africana, República Democrática do Congo (RDC), Síria, Iraque, Mali, Nigéria e Somália.

"Todos os dias há crianças atacadas porque grupos armados ou forças militares não respeitam as leis dos tratados internacionais. Desde a utilização de armas químicas até o estupro como arma de guerra, os crimes de guerra são cometidos com total impunidade", advertiu Helle Thorning-Schmidt, representante da Save the Children.

Entre as recomendações dirigidas aos governos e grupos armados, a ONG insta os beligerantes a se comprometerem a não recrutar combatentes menores de 18 anos e a evitar o uso de armas explosivas em zonas habitadas.

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