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Maioria conservadora aprova em Portugal polêmico imposto sobre salários

A medida pretende ajudar a cobrir um rombo de 2 bilhões de euros nas contas do país

A oposição de esquerda é contra a medida, que considera muito lesiva para a classe média (Jamie McDonald/Getty Images)

A oposição de esquerda é contra a medida, que considera muito lesiva para a classe média (Jamie McDonald/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2011 às 11h36.

Lisboa - A nova maioria conservadora do Parlamento português aprovou nesta sexta-feira com folga, embora com o voto contrário de toda a oposição, o polêmico imposto sobre o salário que ajudará a cobrir um rombo de 2 bilhões de euros nas contas do país.

O encargo foi anunciado no mês passado para garantir a redução do déficit fiscal de Portugal exigida pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca do resgate financeiro concedido ao Estado português.

Embora o imposto ainda precise ser debatido em comissão e ser aprovado outra vez em plenário, a maioria conservadora estreou nesta sexta-feira na Assembleia Legislativa com esta primeira votação.

A medida passou com os votos dos 182 deputados - de um total de 230 - que integram o Partido Social-Democrata (PSD, centro-direita) e o Centro Democrático Social - Partido Popular (CDS-PP, democrata-cristão).

Ambas as organizações acabaram com seis anos de governo do Partido Socialista (PS), ao vencerem as eleições antecipadas de 5 de junho.

A decisão do novo Executivo português de aplicar outro imposto ao salário causou um intenso debate no Parlamento pela primeira vez desde a mudança de governo. A oposição de esquerda é contra a medida, que considera muito lesiva para a classe média.

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, justificou na Câmara o novo imposto pela "grave situação financeira" que o país atravessa, e destacou que esta medida compensará cerca de 50% do "rombo" em suas contas públicas, de 2 bilhões euros.

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