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Maior central sindical de Israel promete greve geral nesta segunda

Manifestantes querem um cessar-fogo em Gaza para garantir a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas

Manifestantes invadem estrada em protesto contra Netanyahu ((Photo by JACK GUEZ / AFP))

Manifestantes invadem estrada em protesto contra Netanyahu ((Photo by JACK GUEZ / AFP))

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 2 de setembro de 2024 às 06h33.

Última atualização em 2 de setembro de 2024 às 08h39.

A maior central sindical de Israel, Histadrut, prepara uma greve nacional nesta segunda-feira, 2, no maior esforço até agora para forçar o governo de Binyamin Netanyahu a um cessar-fogo em Gaza e garantir a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas. A guerra em Gaza completará 11 meses no próximo dia 7.

No domingo, centenas de milhares de israelenses se manifestaram em cidades ao redor do país — no que pareceu ser o maior protesto desde os ataques de 7 de outubro — depois que os corpos de seis reféns foram encontrados em um túnel na Faixa de Gaza.

A greve atingirá inclusive o Aeroporto Internacional Ben-Gurion, o principal do país, segundo a Bloomberg.

A Bolsa de Valores de Tel Aviv permanecerá aberta, embora alguns grandes bancos devam ser fechados. Ministérios do governo, serviço postal e universidades também devem ficar fechados.

O ministro das finanças de Israel disse que pediu uma liminar à Suprema Corte contra a greve e alertou os servidores públicos de que eles não seriam pagos pelo tempo de braços cruzados.

Tanto os protestos quanto a greve planejada refletem a profunda impopularidade do primeiro-ministro Netanyahu, que os críticos dizem estar prolongando a guerra em vez de priorizar o retorno seguro dos cerca de 100 reféns restantes em Gaza. O conflito militar já se espalhou para a Cisjordânia e para o vizinho Líbano, ameaçando envolver a região em uma guerra mais ampla.

Apesar da pressão, não havia sinal de que Netanyahu estava preparado para mudar de rumo. "Aqueles que assassinam reféns não querem um acordo", disse ele em um comunicado.

Cerca de 250 pessoas foram sequestradas em 7 de outubro quando o Hamas invadiu o sul de Israel, matando 1.200 pessoas. Mais de 100 reféns foram libertados durante um cessar-fogo no final do ano passado, e cerca de 100 outros permanecem em cativeiro, incluindo 35 já declarados mortos.

Mais de 40.000 palestinos foram mortos na guerra, de acordo com o ministério da Saúde de Gaza.

Acordo próximo?

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse no sábado que acreditava que "estava perto de um acordo", embora as últimas negociações tenham terminado sem grandes avanços. Biden e a vice-presidente Kamala Harris se encontrarão na segunda-feira de manhã com a equipe dos EUA que tenta intermediar um acordo sobre reféns.

O Washington Post informou que os EUA têm conversado com o Egito e o Catar sobre o esboço de um acordo final para apresentar a Israel e ao Hamas.

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