Maduro vence, mas terá de governar um país dividido
A Vitória de Maduro ocorreu após uma campanha na qual o vencedor prometeu levar adiante o legado de Chávez
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2013 às 13h52.
Caracas - Nicolás Maduro, que foi escolhido sucessor pelo próprio Hugo Chávez, venceu oficialmente a eleição presidencial venezuelana por uma pequena margem de votos, o que destaca o crescente descontentamento no país com questões que vão da criminalidade à falta de energia elétrica.
Seu rival, Henrique Capriles, exige uma recontagem, o que pode significar mais dores de cabeça para um país que foi sacudido pela morte de seu líder no início de março.
Um importante chavista expressou seu desalento com o resultado da eleição de domingo. O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, que muitos consideram o principal rival de Madurno dentro do governo, escreveu em sua conta no Twitter que "os resultados nos obrigam a fazer uma profunda autocrítica".
A Vitória de Maduro ocorreu após uma campanha na qual o vencedor prometeu levar adiante o legado de Chávez, enquanto a principal mensagem de Capriles foi a de que o ex-presidente colocou o país, que tem uma das maiores reservas mundiais de petróleo, no caminho da ruína.
Apesar dos ânimos alterados, Maduro e Capriles pediram a seus partidários que voltassem para casa e evitassem atos violentos. Capriles insistiu numa recontagem e Maduro afirmou estar aberto a isso, embora ainda não esteja claro se as autoridades eleitorais vão permitir que os votos sejam recontados.
"Não vamos reconhecer o resultado até que o voto de cada venezuelano seja recontado", declarou Capriles. "A luta não terminou." Já Maduro declarou que "permitam que 100% das urnas sejam abertas...Vamos fazer isso, não temos medo."
Maduro, que atuou como presidente interino desde a morte de Chávez, em 5 de março, tinha uma larga vantagem sobre Capriles duas semanas atrás, mas autoridades eleitorais informaram que ele obteve apenas 50,7% dos votos, ante 49,1 de Capriles, num momento no qual praticamente todos os votos já haviam sido contados.
A margem foi de cerca de 234.935 votos, dentre os 14,8 milhões que foram colocados nas urnas. O comparecimento foi de 78%, um pouco abaixo dos 80% dos eleitores que em outubro elegeram Chávez por uma margem de 11 pontos porcentuais sobre o mesmo Capriles.
Mas analistas consideraram um desastre a pequena margem de votos que deu a vitória a Maduro, um ex-líder sindical e motorista de ônibus da ala radical do chavismo, que teria laços próximos com Cuba.
Mais tarde, Capriles rejeitou irritadamente os resultados oficiais. "Foi o governo quem foi derrotado." Ele afirmou que sua campanha apurou "um resultado que é diferente do anunciado hoje."
O sistema eletrônico de votação da Venezuela é totalmente digital, mas também gera uma espécie de "recibo" em papel para cada voto, o que torna possível a recontagem de todos os votos. As informações são da Associated Press.
Caracas - Nicolás Maduro, que foi escolhido sucessor pelo próprio Hugo Chávez, venceu oficialmente a eleição presidencial venezuelana por uma pequena margem de votos, o que destaca o crescente descontentamento no país com questões que vão da criminalidade à falta de energia elétrica.
Seu rival, Henrique Capriles, exige uma recontagem, o que pode significar mais dores de cabeça para um país que foi sacudido pela morte de seu líder no início de março.
Um importante chavista expressou seu desalento com o resultado da eleição de domingo. O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, que muitos consideram o principal rival de Madurno dentro do governo, escreveu em sua conta no Twitter que "os resultados nos obrigam a fazer uma profunda autocrítica".
A Vitória de Maduro ocorreu após uma campanha na qual o vencedor prometeu levar adiante o legado de Chávez, enquanto a principal mensagem de Capriles foi a de que o ex-presidente colocou o país, que tem uma das maiores reservas mundiais de petróleo, no caminho da ruína.
Apesar dos ânimos alterados, Maduro e Capriles pediram a seus partidários que voltassem para casa e evitassem atos violentos. Capriles insistiu numa recontagem e Maduro afirmou estar aberto a isso, embora ainda não esteja claro se as autoridades eleitorais vão permitir que os votos sejam recontados.
"Não vamos reconhecer o resultado até que o voto de cada venezuelano seja recontado", declarou Capriles. "A luta não terminou." Já Maduro declarou que "permitam que 100% das urnas sejam abertas...Vamos fazer isso, não temos medo."
Maduro, que atuou como presidente interino desde a morte de Chávez, em 5 de março, tinha uma larga vantagem sobre Capriles duas semanas atrás, mas autoridades eleitorais informaram que ele obteve apenas 50,7% dos votos, ante 49,1 de Capriles, num momento no qual praticamente todos os votos já haviam sido contados.
A margem foi de cerca de 234.935 votos, dentre os 14,8 milhões que foram colocados nas urnas. O comparecimento foi de 78%, um pouco abaixo dos 80% dos eleitores que em outubro elegeram Chávez por uma margem de 11 pontos porcentuais sobre o mesmo Capriles.
Mas analistas consideraram um desastre a pequena margem de votos que deu a vitória a Maduro, um ex-líder sindical e motorista de ônibus da ala radical do chavismo, que teria laços próximos com Cuba.
Mais tarde, Capriles rejeitou irritadamente os resultados oficiais. "Foi o governo quem foi derrotado." Ele afirmou que sua campanha apurou "um resultado que é diferente do anunciado hoje."
O sistema eletrônico de votação da Venezuela é totalmente digital, mas também gera uma espécie de "recibo" em papel para cada voto, o que torna possível a recontagem de todos os votos. As informações são da Associated Press.