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Maduro vai empossar nesta quarta os membros da Constituinte

Segundo o governo, essa assembleia será instalada amanhã no Palácio Federal Legislativo, onde atualmente funciona o parlamento, de maioria opositora

Maduro: segundo o presidente, a imunidade parlamentar dos deputados será encerrada (Marco Bello/Reuters)

Maduro: segundo o presidente, a imunidade parlamentar dos deputados será encerrada (Marco Bello/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de agosto de 2017 às 12h36.

Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 12h40.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, presidirá nesta quarta-feira, na capital do país, a cerimônia de posse dos membros da Assembleia Nacional Constituinte eleita no domingo com o boicote da oposição, protestos de cidadãos e rejeição de boa parte da comunidade internacional.

O evento, que será realizado no Poliedro de Caracas, foi anunciado hoje pelo governo. A expectativa é que tenha início às 15h locais (16h em Brasília).

Segundo o governo, essa assembleia que tem como missão mudar a Constituição e reorganizar o Estado para fortalecer o projeto chavista será instalada amanhã no Palácio Federal Legislativo, onde atualmente funciona o parlamento, de maioria opositora.

A oposição, que vê a Constituinte como uma tentativa de "consolidar uma ditadura", se comprometeu a evitar a posse desses novos representantes. Amanhã, os deputados se manifestarão em Caracas contra o processo, considerado por eles como fraudulento.

Segundo o próprio presidente e alguns dos representantes eleitos para a Assembleia Constituinte, a imunidade parlamentar dos deputados será encerrada. Alguns membros da oposição responderão pela violência das manifestações contra o governo no país.

Maduro também afirmou que a Constituinte servirá para intervir na Promotoria depois da procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz, uma aliada histórica do chavismo, ter passado a criticar o governo.

Países como os Estados Unidos, México, Colômbia e a União Europeia afirmaram que não reconhecerão a Constituinte. A Espanha propôs ao bloco europeu sanções contra membros do governo da Venezuela, uma medida que já foi tomada pelos americanos.

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