Maduro usa presidiários em protesto contra referendo
Dezenas de detentos foram soltos e se manifestaram contra o uso da assinatura do presidente venezuelano no pedido de referendo revogatório
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2016 às 20h17.
Mobilizados pelo governo, dezenas de detentos venezuelanos foram soltos e se manifestaram, nesta sexta-feira (17), em frente ao Ministério Público, em Caracas , em apoio à ação promovida pelo governo Nicolás Maduro contra o uso de suas assinaturas no pedido de referendo revogatório.
Vestidos com o uniforme azul-celeste, amarelo e fúcsia, 300 presos - homens e mulheres - se concentraram diante da sede principal do MP, no centro da capital, acompanhados por militares da Guarda Nacional.
"Fraude, fraude!" - gritavam os presos, junto com uma multidão, enquanto membros do governo e lideranças do chavismo apresentavam o recurso por "usurpação de identidade" contra líderes da Mesa da Unidade Democrática (MUD), que promove o referendo.
"Estou encontrando assinaturas e dados de privados de liberdade que nunca poderiam ter assinado, nem que desejassem. Como é que seus nomes aparecem aqui?" - disse à AFP Iris Varela, ministra de Assuntos Penitenciários.
Varela revelou que sua pasta constatou 81 casos de usurpação de identidade, mas em discurso diante da sede do MP afirmou que "se atreveram a utilizar os dados de mais de 1.300 privados de liberdade".
As palavras de Varela foram recebidas com aplausos pelos detentos das prisões de El Rodeo, Yare E Los Teques - as três maiores penitenciárias da zona central do país - durante o ato para o qual foi instalado um palanque e música ao vivo.
Varela desafiou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a comparar os dados dos 50 mil presos que há na Venezuela com as 1,3 milhão de firmas recebidas pelo organismo para ativar o referendo revogatório.
O CNE informou há uma semana a anulação de 605 mil assinaturas a favor do referendo, por múltiplas irregularidades.
As firmas aprovadas serão submetidas a certificação digital na próxima semana.
Para ativar o referendo contra Maduro são necessárias 200 mil firmas, após o qual a oposição deverá recolher quatro milhões de assinaturas para deflagrar a consulta.
Mobilizados pelo governo, dezenas de detentos venezuelanos foram soltos e se manifestaram, nesta sexta-feira (17), em frente ao Ministério Público, em Caracas , em apoio à ação promovida pelo governo Nicolás Maduro contra o uso de suas assinaturas no pedido de referendo revogatório.
Vestidos com o uniforme azul-celeste, amarelo e fúcsia, 300 presos - homens e mulheres - se concentraram diante da sede principal do MP, no centro da capital, acompanhados por militares da Guarda Nacional.
"Fraude, fraude!" - gritavam os presos, junto com uma multidão, enquanto membros do governo e lideranças do chavismo apresentavam o recurso por "usurpação de identidade" contra líderes da Mesa da Unidade Democrática (MUD), que promove o referendo.
"Estou encontrando assinaturas e dados de privados de liberdade que nunca poderiam ter assinado, nem que desejassem. Como é que seus nomes aparecem aqui?" - disse à AFP Iris Varela, ministra de Assuntos Penitenciários.
Varela revelou que sua pasta constatou 81 casos de usurpação de identidade, mas em discurso diante da sede do MP afirmou que "se atreveram a utilizar os dados de mais de 1.300 privados de liberdade".
As palavras de Varela foram recebidas com aplausos pelos detentos das prisões de El Rodeo, Yare E Los Teques - as três maiores penitenciárias da zona central do país - durante o ato para o qual foi instalado um palanque e música ao vivo.
Varela desafiou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a comparar os dados dos 50 mil presos que há na Venezuela com as 1,3 milhão de firmas recebidas pelo organismo para ativar o referendo revogatório.
O CNE informou há uma semana a anulação de 605 mil assinaturas a favor do referendo, por múltiplas irregularidades.
As firmas aprovadas serão submetidas a certificação digital na próxima semana.
Para ativar o referendo contra Maduro são necessárias 200 mil firmas, após o qual a oposição deverá recolher quatro milhões de assinaturas para deflagrar a consulta.