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Maduro realiza mudanças necessárias em seu gabinete

O presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou mudanças no gabinete ministerial, necessárias para fazer revoluções, segundo ele


	Nicolás Maduro: Maduro prossegue com a chamada revolução bolivariana
 (/Miraflores Palace/ Handout via Reuters)

Nicolás Maduro: Maduro prossegue com a chamada revolução bolivariana (/Miraflores Palace/ Handout via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 08h56.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira mudanças em seu Gabinete ministerial que assinalou, são "necessárias" para fazer as "cinco revoluções" da chamada revolução bolivariana.

"Estes são então um conjunto de ajustes, mudanças extremamente necessárias para colocar em sua justa dimensão as tarefas deste momento histórico, as tarefas, as cinco grandes tarefas, das cinco revoluções que estou convocando todo o país", disse Maduro em rede obrigatória de rádio e televisão.

As "cinco revoluções", explicou, serão feitas em matéria econômica, de conhecimento, nas missões sociais, na política do Estado, e na do "socialismo no territorial", metas para as quais disse, era necessário a mudança de ministros, fusão de ministérios e criação de vice-presidências.

O primeiro a sair de seu cargo foi Rafael Ramírez, que vai para as Relações Externas, removido da vice-presidência para a Área Econômica e, após mais de uma década, do Ministério do Petróleo e Mineração e da presidência da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA).

O até agora chanceler Elías Jaua passou à frente da vice-presidência de Desenvolvimento do Socialismo Territorial e será novo ministro de Comunas e Movimentos Sociais.

O ministro da Economia e Finanças, Marcos Torres, foi ratificado em seu cargo e também se encarregará dessa vice-presidência que antes era exercida por Ramírez, enquanto Asdrúbal Chávez, primo do falecido presidente Hugo Chávez (1999-2013) assumirá o Ministério do Petróleo e Mineração.

O novo presidente da PDVSA será agora Eulogio del Pino, que era vice-presidente de exploração e Produção da estatal petrolífera.

O Ministério do Comércio será assumido por Isabel Delgado, que foi embaixadora no Mercosul e chefe dessa pasta, Dante Rivas, passará agora a ser "Autoridade Única Nacional de Trâmites e Permissões", um novo organismo encarregado de combater a burocracia.

O Ministério de Transporte Aquático e Aéreo será assumido pelo militar, major da Aviação, Giuseppe Yoffreda, enquanto a pasta de Alimentação agora será dirigida pelo coronel Yván José Belo, ex-presidente da rede de mercados do Estado.

No ministério de Agricultura e Terras foi designado José Luis Berroterán, "professor universitário, estudioso da matéria, um dos homens que mais conhece este tema", de acordo com Maduro.

A nova ministra da Saúde será Nancy Pérez e quem ostentava esse cargo, Francisco Marina, assumirá "outras tarefas", assegurou o presidente.

Do Ministério da Cultura saiu Fidel Barbarito que assumirá uma tarefa que será anunciada "nos próximos dias". A pasta agora será comandada por Reinaldo Iturriza, que estava no ministério de Comunas.

Em seus cargos foram ratificados, entre outros, os ministros da Indústria, José David Cabello; do Turismo, Andrés Izarra; da Educação, Héctor Rodríguez; da Eletricidade, Jesse Chacón e do Serviço Penitenciário, Iris Varela.

A vice-presidência de Planejamento agora será chamada Planejamento e Conhecimento e para esse organismo foi ratificado Ricardo Meléndez, nomeado vice-presidente e ministro dessa área em meados de junho passado após a destituição de Jorge Giordani e que ao sair desse escritório lançou críticas ao governo.

O presidente tinha dito na segunda-feira que tomaria decisões sobre o processo de "renovação e sacudida de seu governo, do Estado e dos métodos do governo e das prioridades".

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