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Maduro aceita se reunir com oposição a pedido da Unasul

A Venezuela é sacudida por uma onda de protestos contra a criminalidade, o desabastecimento e a inflação

Nicolás Maduro cumprimenta simpatizantes do governo: Maduro cumprirá um ano de presidência no dia 14 de abril (AFP)

Nicolás Maduro cumprimenta simpatizantes do governo: Maduro cumprirá um ano de presidência no dia 14 de abril (AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2014 às 19h31.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira que aceitou se reunir com representantes da oposição nesta terça, a pedido de uma delegação da Unasul que visita Caracas para acompanhar o diálogo entre ambos os setores.

"Tivemos uma conversa bastante ampla. Eles me propuseram fazer uma reunião amanhã (terça) com a delegação da oposição, e eu aceitei", disse Maduro, no final de um encontro de mais de uma hora com oito chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Durante a tarde, os ministros das Relações Exteriores da Unasul se reuniram com representantes da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que se recusava a dialogar com Maduro para solucionar a crise.

A Venezuela é sacudida por uma onda de protestos contra a criminalidade, o desabastecimento e a inflação que em oito semanas já deixou 39 mortos, 600 feridos e mais de 100 denúncias de violações dos direitos humanos.

"Se esta reunião (entre governo e oposição) for finalmente concretizada na tarde de hoje, será uma grande mensagem de paz, de democracia, do nosso país a todo o nosso povo", disse Maduro à imprensa no Palácio de Miraflores.

"Oxalá os dirigentes políticos da MUD não recuem e se sentem" para dialogar.

Maduro, que cumprirá um ano de presidência no dia 14 de abril, revelou que será a Unasul a anunciar o local e a hora da reunião. "Estou certo que a agenda será livre".

Os protestos, iniciados em 4 de fevereiro para exigir mais segurança após um ataque contra uma estudante, se alastraram por todo o país e tomaram outras bandeiras, como a crise econômica, a repressão policial e a prisão de estudantes e dirigentes da oposição.

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