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Madri muda nome de 30 ruas com referências franquistas

O conservador Partido Popular, que governou a capital anteriormente durante 24 anos, votou contra

Madri: a capital também rebatizará as ruas que conservam os nomes de generais franquistas (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 13h37.

A prefeitura de Madri , dirigida desde junho pela esquerdista Manuela Carmena, aprovou nesta terça-feira a mudança do nome de 30 ruas das muitas que seguem homenageando personalidades da ditadura , quatro décadas depois da morte de Francisco Franco.

A medida foi aprovada com os votos da plataforma Ahora Madrid liderada por Carmena, do Partido Socialista e da formação centrista Ciudadanos.

O conservador Partido Popular, que governou a capital anteriormente durante 24 anos, votou contra, anunciou a prefeitura em um comunicado.

Assim, a partir do segundo trimestre de 2016 Madri deixará de ter uma "Plaza del Caudillo" em memória de Franco e esquecerá ruas como a "del Arco de la Victoria", "de Arriba España" ou "de los Caídos de la División Azul", em homenagem aos milhares de voluntários espanhóis que combateram junto à Alemanha nazista no front russo a partir de 1941.

A capital também rebatizará as ruas que conservam os nomes de generais franquistas.

Entre eles Emilio Mola, líder do golpe de Estado militar de 1936 contra a Segunda República que, após seu fracasso, abriu caminho a três anos de guerra civil.

Ou Antonio Sagardía Ramos, conhecido como o "açougueiro de Pallars" pelos massacres de republicanos nesta localidade catalã.

Este é apenas o início, anunciou a prefeitura, afirmando que as ruas de Madri verão adiante outras mudanças.

A nova equipe municipal havia previsto esta medida desde sua investidora, mas no 40º aniversário da morte de Franco, em 20 de novembro, o grupo socialista havia convocado a passar das "declarações de intenções aos fatos".

Os socialistas contabilizaram "mais de 170 ruas, praças e passagens com nomes de personagens destacados do franquismo e da Falange", partido de inspiração fascista fundado em 1933.

Um advogado espanhol, Eduardo Ranz, apresentou neste ano um pedido a 60 prefeituras de toda a Espanha, incluindo Madri, para que apliquem a lei de Memória Histórica, destinada a reconhecer os direitos das vítimas do franquismo (1939-1975), adotada em 2007 quando os socialistas governavam a Espanha.

Ela dispõe que as administrações públicas "tomarão as medidas oportunas para a retirada de escudos, insígnias, placas e outros objetos ou menções comemorativas de exaltação, pessoal ou coletiva, da sublevação militar, da Guerra Civil e da repressão da Ditadura".

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A prefeitura de Madri , dirigida desde junho pela esquerdista Manuela Carmena, aprovou nesta terça-feira a mudança do nome de 30 ruas das muitas que seguem homenageando personalidades da ditadura , quatro décadas depois da morte de Francisco Franco.

A medida foi aprovada com os votos da plataforma Ahora Madrid liderada por Carmena, do Partido Socialista e da formação centrista Ciudadanos.

O conservador Partido Popular, que governou a capital anteriormente durante 24 anos, votou contra, anunciou a prefeitura em um comunicado.

Assim, a partir do segundo trimestre de 2016 Madri deixará de ter uma "Plaza del Caudillo" em memória de Franco e esquecerá ruas como a "del Arco de la Victoria", "de Arriba España" ou "de los Caídos de la División Azul", em homenagem aos milhares de voluntários espanhóis que combateram junto à Alemanha nazista no front russo a partir de 1941.

A capital também rebatizará as ruas que conservam os nomes de generais franquistas.

Entre eles Emilio Mola, líder do golpe de Estado militar de 1936 contra a Segunda República que, após seu fracasso, abriu caminho a três anos de guerra civil.

Ou Antonio Sagardía Ramos, conhecido como o "açougueiro de Pallars" pelos massacres de republicanos nesta localidade catalã.

Este é apenas o início, anunciou a prefeitura, afirmando que as ruas de Madri verão adiante outras mudanças.

A nova equipe municipal havia previsto esta medida desde sua investidora, mas no 40º aniversário da morte de Franco, em 20 de novembro, o grupo socialista havia convocado a passar das "declarações de intenções aos fatos".

Os socialistas contabilizaram "mais de 170 ruas, praças e passagens com nomes de personagens destacados do franquismo e da Falange", partido de inspiração fascista fundado em 1933.

Um advogado espanhol, Eduardo Ranz, apresentou neste ano um pedido a 60 prefeituras de toda a Espanha, incluindo Madri, para que apliquem a lei de Memória Histórica, destinada a reconhecer os direitos das vítimas do franquismo (1939-1975), adotada em 2007 quando os socialistas governavam a Espanha.

Ela dispõe que as administrações públicas "tomarão as medidas oportunas para a retirada de escudos, insígnias, placas e outros objetos ou menções comemorativas de exaltação, pessoal ou coletiva, da sublevação militar, da Guerra Civil e da repressão da Ditadura".

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