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Macron quer reverter imagem de "presidente dos ricos"

O presidente é acusado de favorecer os mais ricos em suas reformas

Emmanuel Macron: o presidente subiu nas pesquisas em setembro, mas não tanto entre as categorias populares (Yorgos Karahalis/Reuters)

Emmanuel Macron: o presidente subiu nas pesquisas em setembro, mas não tanto entre as categorias populares (Yorgos Karahalis/Reuters)

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AFP

Publicado em 3 de outubro de 2017 às 11h16.

Acusado de favorecer os mais ricos com suas primeiras reformas - tributária e trabalhista -, o presidente francês, Emmanuel Macron, visitou nesta terça-feira (3) os funcionários de uma fábrica em Amiens ameaçada de fechamento durante a campanha eleitoral.

Eleito em maio, Macron havia prometido voltar à fábrica do grupo americano de eletrodomésticos Whirpool, em sua cidade natal, no norte do país, onde, como candidato, foi recebido com vaias entre os dois turnos da corrida presidencial.

Naquele momento, a fábrica estava ameaçada de fechar as portas, mas, desde então, encontrou um novo dono, a empresa WN, que deveria criar 277 postos de trabalho.

Na fábrica nesta terça, onde foi recebido pelos funcionários em um clima mais sereno do que em 26 de abril, Macron saudou "um diálogo social que funciona".

"Temos um novo dono que vem se instalar aqui, estamos satisfeitos. Macron havia prometido que voltaria, o que está fazendo. Respeita sua promessa", elogiou o representante do sindicato CFDT, Patrice Sinoquet.

Para Macron, a visita se enquadra em uma ofensiva de envergadura mais ampla no plano social, depois das críticas recentes de que seria "o presidente dos ricos" por conta das reformas e no momento em que os sindicatos endurecem o tom frente aos projetos do governo.

Ainda hoje, o presidente francês também deve inaugurar, nessa região, um novo centro da Amazon. Aproveitará a oportunidade para enaltecer a criação de emprego por parte dos gigantes da economia digital.

"Macron subiu nas pesquisas em setembro, mas, sobretudo, entre os simpatizantes da direita e muito menos nas categorias populares", observou o especialista Jean-Daniel Levy, do instituto Harris Interactive.

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