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Emmanuel Macron pode solicitar status internacional à Amazônia

Presidente francês sugeriu a hipótese caso líderes da região tomem decisões prejudiciais ao planeta, em clara alusão ao presidente Jair Bolsonaro

Emmanuel Macron: presidente critica postura de Bolsonaro diante de incêndios na Amazônia (Philippe Wojazer/Reuters)

Emmanuel Macron: presidente critica postura de Bolsonaro diante de incêndios na Amazônia (Philippe Wojazer/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de agosto de 2019 às 18h43.

Última atualização em 26 de agosto de 2019 às 18h51.

O G-7, grupo de países mais ricos do mundo, prometeu nesta segunda-feira, 26, liberar em caráter de urgência US$ 20 milhões o equivalente a R$ 83 milhões, para enviar aviões-tanque para combater os incêndios na Amazônia. O presidente da França, Emmanuel Macron, questionou a conveniência de conferir um status internacional à floresta caso os líderes da região tomem decisões prejudiciais ao planeta.

A fala de Macron é uma clara alusão ao presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PSL), que o acusou de ter uma "mentalidade colonialista" por exigir uma ação internacional a respeito da região.

Associações e organizações não governamentais (ONGs) levantaram a questão de definir um status internacional para a Amazônia.

"Este não é o quadro da iniciativa que estamos tomando, mas é uma questão real que se impõe se um Estado soberano tomar medidas concretas que obviamente se opõem ao interesse de todo o planeta", disse Mácron. "As conversas entre (Sebastián) Piñera (presidente do Chile) e Bolsonaro não vão nessa direção, acho que ele está ciente desse assunto. Em qualquer caso, quero viver com essa esperança."

Segundo o presidente francês, esse status "é um caminho que permanece aberto e continuará a florescer nos próximos meses e anos". "A questão é tal no plano climático que não podemos dizer 'Este é um problema só meu'. É o mesmo para aqueles que têm espaços glaciais em seu território ou que impactam o mundo inteiro."

Ele garantiu, no entanto, que construiu a iniciativa que será proposta às Nações Unidas "para respeitar a soberania de cada país". / Com agências internacionais.

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