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Macri rejeita uso da força para lidar com crise da Venezuela

Após reunião com o vice-presidente dos EUA, Macri afirmou que o Mercosul não vê uma intervenção militar na Venezuela como opção

Macri: ele afirmou que durante o encontro com Pence ambos expressaram preocupação pela situação da Venezuela (Rodrigo Garrido/Reuters)
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EFE

Publicado em 15 de agosto de 2017 às 15h44.

Buenos Aires - O presidente da Argentina, Mauricio Macri , rejeitou nesta segunda-feira o uso da força como alternativa para resolver a crise enfrentada pela Venezuela .

As declarações foram dadas por Macri após um encontro com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que está em visita oficial à Argentina.

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Em uma entrevista coletiva realizada depois de uma reunião na residência presidencial de Olivos, Macri afirmou que o Mercosul - composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai - não vê uma intervenção militar na Venezuela como opção.

"Temos que extremar nossa posição política, e também econômica, para conseguir restabelecer o mais rápido possível a democracia na Venezuela, fixar um cronograma eleitoral e para que não haja presos políticos", indicou o presidente argentino.

"Estamos muito contentes que haja unanimidade no continente, com o apoio dos EUA, para que se restabeleça a democracia. Todos os dias, há venezuelanos que perdem a vida na defesa do seu direito à liberdade", completou Macri.

O presidente da Argentina afirmou que durante o encontro com Pence ambos expressaram preocupação pela situação da Venezuela e a necessidade de continuar exigindo que Nicolás Maduro respeite a liberdade e deixe de "causar danos" à população local.

O vice-presidente dos EUA destacou que o governo de Donald Trump pede à América Latina que "faça mais" e pressione política e economicamente a Venezuela.

Para Pence, a Venezuela vive a "tragédia da tirania" e o povo venezuelano está sofrendo e morrendo, enquanto permanece submetido ao regime brutal de Maduro.

"Maduro solapou a Assembleia Nacional, amordaçou as vozes dos meios de comunicação e enviou dissidentes à prisão", criticou.

Pence afirmou que a Venezuela está se tornando "pouco a pouco" uma ditadura e que os EUA não ficarão calados assistindo isso.

Além disso, o vice-presidente americano agradeceu a liderança regional da Argentina na hora de investigar funcionários do governo da Venezuela e de suspender o país do Mercosul.

Outro assunto abordado por Pence foi a Declaração de Lima, assinada por 17 países americanos na última semana, e que decidiu não reconhecer nenhuma decisão tomada pela Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela.

"Envia uma mensagem muito sólido que vamos estar sempre juntos ao povo venezuelano e nos opor aos seus repressores", afirmou.

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