Macedônia: em 2015, o SDSM acusou o primeiro-ministro Nikola Gruevski de lançar um sistema de escutas telefônicas contra mais de 20.000 opositores (Ognen Teofilovski/Reuters)
AFP
Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 16h09.
Última atualização em 15 de junho de 2018 às 18h52.
A Macedônia realiza no próximo domingo eleições gerais, a fim de sair da crise política que desestabiliza o país há dois anos.
No poder há dez anos, a direita nacionalista (VMRO-DPMNE) é apontada como vencedora nas urnas contra uma oposição social-democrata (SDSM), que acusa o poder de autoritarismo e corrupção.
Mas o grande número de indecisos torna difícil qualquer prognóstico, da mesma forma que mostra o descontentamento de uma população de mais de dois milhões de macedônios, desgastada por meses de disputas entre representantes políticos.
Nas ruas, as decorações de Natal dominam os cartazes eleitorais.
Em janeiro de 2015, o SDSM acusou o primeiro-ministro Nikola Gruevski (VMRO-DPMNE) de lançar um sistema de escutas telefônicas contra mais de 20.000 opositores, jornalistas, representantes da sociedade religiosa e civil.
As escutas também acabaram por revelar uma corrupção massiva nos mais altos escalões da administração.
Embora o compromisso de realizar eleições esteja selado em um acordo assinado sob os auspícios da União Europeia no verão de 2015, as eleições foram adiadas duas vezes, rejeitadas por uma oposição que acusa o poder de fraudes.