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Lula réu (de novo); O pai da anistia?…

Moro aceita denúncia  O juiz Sergio Moro aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora Lula se torna réu por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele teria recebido vantagens financeiras da empreiteira OAS na forma de um tríplex no Guarujá e de pagamento do aluguel de […]

LULA: o ex-presidente se torna réu por corrupção e lavagem de dinheiro / Ueslei Marcelino/ Reuters

LULA: o ex-presidente se torna réu por corrupção e lavagem de dinheiro / Ueslei Marcelino/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2016 às 18h58.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h36.

Moro aceita denúncia 

O juiz Sergio Moro aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora Lula se torna réu por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele teria recebido vantagens financeiras da empreiteira OAS na forma de um tríplex no Guarujá e de pagamento do aluguel de contêineres que receberam seus pertences, num valor total de mais 3,7 milhões de reais. Além de Lula, passam à condição de réus a ex-primeira-dama Marisa Letícia e o amigo do petista e presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Lula já é réu no Supremo Tribunal Federal por obstrução de Justiça.

A polêmica anistia 

Repercutiu muito mal a tentativa de deputados de todos os espectros políticos de aprovar, na noite de segunda-feira 19, juntamente com o projeto de lei que criminaliza o caixa dois em campanha, uma emenda que anistiaria quem cometeu a infração eleitoral até aqui. O “acordo de cavalheiros” só não foi possível porque deputados do PSOL e da Rede, que são apenas dez, criticaram duramente a tentativa. Em determinado momento, Beto Mansur (PRB-SP), que presidia a sessão na ausência de Rodrigo Maia, resolveu retirar o projeto de pauta. “Olhei para o Plenário e não vi os líderes que defendiam o projeto. Então falei: ‘Vou tirar essa merda de pauta porque não vou ser eu a me desgastar com uma coisa que eu não tenho nada a ver’ ”, disse Mansur.

Ninguém sabia

A sessão de segunda-feira foi estranha até para os deputados mais ambientados com a Câmara. O projeto que estava para ser votado não foi lido pelos parlamentares nem apresentado a eles, que nem sequer sabiam quem era o relator da proposta. A votação teria sido decidida na reunião de líderes e tinha apoio de praticamente todos os partidos, como PSDB, PP, PMDB, PR e PT. Nesta terça-feira, ninguém quis assumir a responsabilidade pela emenda que seria apresentada. Mansur disse que quem combinou de colocar o projeto em pauta foi o presidente Rodrigo Maia e os líderes partidários.

Temer na ONU

O presidente Michel Temer fez o discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU em Nova York. Ele defendeu o processo de impeachment e disse que agora o Brasil precisa de responsabilidade fiscal para retomar o crescimento. O presidente também falou sobre o papel brasileiro como mediador de crises internacionais e aproveitou para pedir uma vaga no Conselho de Segurança da instituição, a instância mais alta da ONU. Durante o discurso de Temer, delegações de países latino-americanos, como Venezuela e Equador, retiraram-se do auditório.

Calheiros critica

O presidente do Senado, Renan Calheiros, criticou nesta terça-feira a Lava-Jato. Calheiros disse que, apesar de ser “um avanço civilizatório”, a operação precisa “acabar com esse exibicionismo”. A fala referiu-se, principalmente, à forma como a denúncia contra o ex-presidente Lula foi feita na quarta-feira passada. Renan também é investigado pela operação, mas, como tem foro privilegiado, seu processo corre no Supremo Tribunal Federal.

Calheiros arquiva 

Também na tarde desta terça-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros, arquivou dois pedidos de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Os pedidos foram feitos pelos juristas Celso Antônio Bandeira de Mello e Cláudio Fonteles e contavam com o apoio de vários outros nomes do mundo jurídico. De acordo com os processos, Mendes teria ofendido o princípio da impessoalidade, além de cometer atos incompatíveis com o decoro de sua função, como agir partidariamente.

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