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Lula pretende iniciar no PT luta por reforma política

Para o presidente da República, a reforma política é uma questão prioritária para o País

O presidente Lula afirmou que a reforma política é uma questão prioritária para o Brasil (Renato Araújo/AGÊNCIA BRASIL)

O presidente Lula afirmou que a reforma política é uma questão prioritária para o Brasil (Renato Araújo/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2010 às 10h39.

Brasília - Na entrevista que concede na manhã de hoje para blogueiros, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que pretende trabalhar junto aos partidos no Congresso Nacional e com a sociedade para aprovar a reforma política.

"É inconcebível o País atravessar esse período sem reforma política. Tenho que, em primeiro lugar, convencer meu partido (PT) de colocar esse assunto como prioridade, e depois (convencer) partidos de esquerda. Quero entender o que há de divergências no nosso bloco de esquerda para depois falar com outros, e se for necessário é preciso discutir miniconstituinte para isso."

Na sua opinião, a reforma política é uma questão prioritária para o País, sobretudo a questão do financiamento das campanhas. Lula disse que prefere o financiamento público. Ao falar sobre o tema, ele disse que na condição de ex-presidente vai estar muito mais livre para falar e dizer coisas que não pode dizer no papel institucional de presidente.

E citou que a primeira batalha (em prol da reforma política) será dentro de seu partido, o PT. "Se vencer dentro do PT, tenho certeza que movimento social será favorável."

Ao falar do final de seu segundo mandato, o presidente reiterou que tem vontade de trabalhar as experiências bem sucedidas do Brasil na América Central, Caribe, e sobretudo, no continente africano.

"Quero levar algumas experiências nossas para a África. Em Moçambique fizemos projeto de universidade aberta. Queremos fazer isso em todos os países de língua portuguesa, territórios, cidadania, compra de alimentos, crédito para pequenos produtos, experiência brasileira do microcrédito. Dinheiro é importante, mas muitas vezes é a tomada de decisão que importa. Acho que Dilma tem todas as condições de aperfeiçoar isso e a gente virar referência mundial nessa relação com a sociedade."

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