Lula:falta de ação política de líderes agrava a crise externa
Segundo o ex-chefe de Estado brasileiro, a crise das dívidas soberanas exige decisões políticas fortes que não estão sendo tomadas
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2011 às 19h09.
Paris - A falta de ação política concreta dos países líderes da União Europeia e do G-20 está agravando a crise internacional. A análise foi feita hoje por Luiz Inácio Lula da Silva, horas após se encontrar com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, em Paris. Segundo o ex-chefe de Estado brasileiro, a crise das dívidas soberanas exige decisões políticas fortes que não estão sendo tomadas.
A agenda de Lula teve início às 11h de hoje, quando ele foi recebido - com honras de chefe de Estado - no Palácio do Eliseu. Depois do encontro de 40 minutos, o ex-presidente deixou a sede do governo sem falar com os jornalistas. As críticas só foram feitas no início da noite de hoje, no hotel Lutetia, no centro da capital francesa. Segundo Lula, os analistas mais importantes preveem agravamento da crise, e para impedi-lo é necessário iniciativa política.
Para o ex-presidente, toda União Europeia está a perigo em razão da crise de credibilidade na zona do euro. Sem citar nomes, Lula insinuou que há falta de solidariedade entre alguns líderes políticos do bloco em relação aos países em crise. Crítica semelhante é feita na Europa contra a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. "A construção da União Europeia é um patrimônio da humanidade. Isso teve um custo, muito investimento, e não se pode permitir que se destrua um patrimônio construído ao longo de 50 anos", disse.
Lula sugeriu que países centrais da Europa intervenham para evitar o contágio da turbulência. "Em março do ano passado, a crise custava 49 bilhões de euros. Agora, ela custa 200 e poucos bilhões de euros só na Grécia. Quanto mais o tempo passar, mais vai custar caro", advertiu.
O ex-presidente também comparou o G-20 de Cannes, que será realizado em novembro, com a reunião de cúpula do grupo em Londres em abril de 2009, auge da crise decorrente da quebra do banco Lehman Brothers. "Na decisão de 2009, o sinal foi mais importante do que a decisão. Só que a partir de então e até agora a gente percebe que a crise vem se agravando", analisou.
Paris - A falta de ação política concreta dos países líderes da União Europeia e do G-20 está agravando a crise internacional. A análise foi feita hoje por Luiz Inácio Lula da Silva, horas após se encontrar com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, em Paris. Segundo o ex-chefe de Estado brasileiro, a crise das dívidas soberanas exige decisões políticas fortes que não estão sendo tomadas.
A agenda de Lula teve início às 11h de hoje, quando ele foi recebido - com honras de chefe de Estado - no Palácio do Eliseu. Depois do encontro de 40 minutos, o ex-presidente deixou a sede do governo sem falar com os jornalistas. As críticas só foram feitas no início da noite de hoje, no hotel Lutetia, no centro da capital francesa. Segundo Lula, os analistas mais importantes preveem agravamento da crise, e para impedi-lo é necessário iniciativa política.
Para o ex-presidente, toda União Europeia está a perigo em razão da crise de credibilidade na zona do euro. Sem citar nomes, Lula insinuou que há falta de solidariedade entre alguns líderes políticos do bloco em relação aos países em crise. Crítica semelhante é feita na Europa contra a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. "A construção da União Europeia é um patrimônio da humanidade. Isso teve um custo, muito investimento, e não se pode permitir que se destrua um patrimônio construído ao longo de 50 anos", disse.
Lula sugeriu que países centrais da Europa intervenham para evitar o contágio da turbulência. "Em março do ano passado, a crise custava 49 bilhões de euros. Agora, ela custa 200 e poucos bilhões de euros só na Grécia. Quanto mais o tempo passar, mais vai custar caro", advertiu.
O ex-presidente também comparou o G-20 de Cannes, que será realizado em novembro, com a reunião de cúpula do grupo em Londres em abril de 2009, auge da crise decorrente da quebra do banco Lehman Brothers. "Na decisão de 2009, o sinal foi mais importante do que a decisão. Só que a partir de então e até agora a gente percebe que a crise vem se agravando", analisou.