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Lula e Biden irão conversar nesta terça-feira sobre as eleições na Venezuela

Presidentes devem se falar por telefone, na tarde de hoje; votação de domingo não é reconhecida por todos os países

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 30 de julho de 2024 às 06h46.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversará na tarde desta terça-feira, 30, por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a crise eleitoral na Venezuela e as tentativas do Brasil de obter as atas que poderiam certificar a vitória de Nicolás Maduro, que não foi reconhecida por grande parte da comunidade internacional.

Protestos explodem na Venezuela após resultado contestável das eleições

A Casa Branca informou na noite de segunda-feira que Biden e Lula conversarão às 14h30 locais (15h30 de Brasília), e a pauta deve se concentrar na crise desencadeada na Venezuela diante das incertezas sobre a legitimidade do resultado do pleito, apresentado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país sul-americano sem uma contagem de votos definitiva e detalhada.

Lula enviou seu assessor de assuntos internacionais e ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que se reuniu com Maduro e pressionou para ter acesso às atas eleitorais que certificam a vitória do atual presidente venezuelano sobre Edmundo González Urrutia, candidato da principal coalizão opositora, e outros oito concorrentes.

Os Estados Unidos expressaram dúvidas de que o resultado de domingo reflita a vontade da maioria do povo venezuelano.

“Ao declarar um vencedor sem as apurações detalhadas de cada seção eleitoral para confirmar isso, os representantes de (Nicolas) Maduro privaram de qualquer credibilidade os supostos resultados eleitorais que anunciaram”, disse um funcionário sênior dos EUA em uma teleconferência com jornalistas.

“Temos sérias preocupações de que esse resultado não reflita a vontade ou os votos do povo venezuelano”, acrescentou.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) proclamou a vitória de Maduro com 51,20% dos votos, contra 44,20% de González Urrutia, quando 80% da apuração estava concluída.

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