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Lula e Dilma admitem 2º turno; Marina aposta estar nele

Mesmo declarando-se confiante na vitória de sua candidata já neste domingo, Lula lembrou que as regras do processo eleitoral preveem uma nova rodada de votações e disse que é difícil encerrar a fatura no primeiro turno

Palácio do Planalto: Lula e Dilma pensam em 2º turno (.)

Palácio do Planalto: Lula e Dilma pensam em 2º turno (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

São Paulo - Frente-a-frente com as urnas neste domingo, candidatos à Presidência e dois ex-presidentes sinalizaram aposta em decisão eleitoral postergada para o segundo turno, a começar pela candidata líder nas pesquisas, Dilma Rousseff (PT), e seu principal cabo eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mesmo declarando-se confiante na vitória de sua candidata já neste domingo, Lula lembrou que as regras do processo eleitoral preveem uma nova rodada de votações e disse que é difícil encerrar a fatura no primeiro turno.

"Eu não ganhei no primeiro turno em nenhuma eleição, ou seja, não ganhei em 2002, nem 2006. (Se Dilma não vencer no primeiro turno) apenas vai demorar 30 dias a mais, 30 dias de luta", afirmou o presidente após votar em um colégio público de São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo.

Pesquisas divulgadas pelo Datafolha e pelo Ibope no sábado, mostram Dilma com 50 por cento e 51 por cento dos votos válidos, respectivamente. O candidato do PSDB, José Serra, vem em segundo com 31 por cento e Marina Silva (PV) vem em terceiro com 17 por cento (nos dois levantamentos).

Em Porto Alegre, antes de votar ao lado do candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, Dilma disse, durante café da manhã com aliados acreditar que, se não vencer no primeiro turno, denúncias envolvendo pessoas ligadas a ela não serão explicação para uma segunda rodada.

"Não acredito que as razões para ficar no primeiro turno ou ir para o segundo turno derivem de um único fator. Há um processo na sociedade que explica ganhar no primeiro turno ou ir para o segundo", disse ela.

"Agora, o que acredito é que, seja o que for, o bom combate te dá a boa vitória."

Confronto entre mulheres

Em Rio Branco, capital do Acre, a candidata do PV, Marina Silva, em ascensão nas últimas pesquisas, reiterou a aposta de que a chamada "onda verde" a levará para o segundo turno e anteviu um confronto com Dilma no dia 31 de outubro.

"Os brasileiros estão prontos para ter uma mulher na Presidência da República. Que as duas mulheres possam apresentar suas propostas em tempo igual", repetiu a ex-ministra do Meio Ambiente.

Outro que disse acreditar em uma nova rodada de eleições para a escolha do sucessor de Lula foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele avaliou que a transferência de votos de seu sucessor pode não ser o suficiente para que Dilma liquide a fatura neste domingo.

"Se fosse transferência de votos, ela teria 80 por cento. Houve, sem dúvida, transferência de voto. Precisa ver se isso foi suficiente", disse Fernando Henrique antes de votar na zona oeste de São Paulo, se referindo ao índice de aprovação de Lula.

"O importante não é ter transferência de votos, é ter vontade política própria. Você tem que ter políticos reais, e não fantoches", atacou o ex-presidente, repetindo um mote da campanha do candidato de seu partido, José Serra, do PSDB, de que Dilma foi "fabricada" por Lula.

Serra, candidato do PSDB, deve votar no início da tarde em São Paulo.

O tucano, assim como Marina Silva, deve acompanhar a apuração dos votos na capital paulista. Já Dilma, que visitou a filha em Porto Alegre após votar, deverá seguir a contagem dos votos em Brasília.

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