Henrique Meirelles foi presidente do Banco Central durante todo o governo Lula (Renato Araujo/AGÊNCIA BRASIL/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2010 às 15h23.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi questionado hoje se defenderia a manutenção do presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, no cargo. Em resposta, Lula disse que não defendia ninguém e que todos os ocupantes de cargos públicos no atual governo têm como única garantia a permanência até 31 de dezembro.
A afirmação foi feita em evento do setor sucroenergético em Ribeirão Preto, interior paulista.
Segundo Lula, a partir de 1.º de janeiro, Dilma "indica quem ela quiser, porque conhece todo mundo, e deve montar um governo com a cara e a semelhança dela".
O presidente afirmou ainda que sua sucessora só pode indicar nomes que ela possa ter a liberdade de trocar quando quiser. "Ela está livre para montar o governo dela", destacou.
Lula também condenou o conflito entre Coreia do Norte e Coreia do Sul. "Eu não sei quem atacou primeiro, mas, de qualquer forma qualquer ataque eu condeno. Tem de respeitar a soberania do país", afirmou. Sobre a onda de violência no Rio de Janeiro, Lula disse ter conversado com o governador Sérgio Cabral, que pediu a ele reforços de policiais rodoviários federais.
Ele afirmou que Cabral será atendido. "Faremos o máximo para que as pessoas do bem vençam as do mal."
Bem humorado, Lula disse que, ao deixar o governo, vai "desencarnar" do cargo de presidente para depois voltar à normalidade. Lula, que é corintiano, criticou a torcida do São Paulo, que comemorou a derrota do time para o Fluminense, a qual prejudicou o Corinthians na rodada do último domingo do Campeonato Brasileiro. "Nunca vi torcida bater palma para gol do adversário. Não é assim que o Corinthians joga", afirmou.