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Luis Arce envia para análise referendo que pode alterar reeleição na Bolívia

Ex-presidente Evo Morales diz que atitude é uma tentativa do atual chefe do Executivo de barrar sua candidatura para eleições de 2025

Bolivia's president Luis Arce (L) and ex-president (20062019) Evo Morales, with garlands of flowers and coca leaves, laugh during a political gathering to mark the 28th anniversary of the ruling Movement for Socialism (MAS) party, in Ivirgarzama, in the coca-growing rural province of Chapare, Cochabamba Department, in central Bolivia, on March 26, 2023. (Photo by Aizar RALDES / AFP) (Photo by AIZAR RALDES/AFP via Getty Images) (AIZAR RALDES/AFP/Getty Images)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 30 de agosto de 2024 às 07h15.

Última atualização em 30 de agosto de 2024 às 07h18.

O presidente da Bolívia,Luis Arce, submeteu a exame constitucional sua proposta de referendo para alterar a reeleição presidencial, o que o ex-presidente Evo Morales afirma se tratar de uma medida para tirá-lo do pleito de 2025.

O Tribunal Constitucional (TC) "recebeu a consulta do presidente", informou hoje uma fonte da corte.

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Entenda o contexto

Arce propôs a reforma constitucional sobre a reeleição enquanto disputa comMorales, de quem foi ministro da Economia, a indicação do governismo para o próximo pleito. A Constituição prevê atualmente a reeleição imediata ou consecutiva apenas uma vez.

O governo Arce quer saber se a população aceita que ela seja "descontínua" - depois de pelo menos um mandato presidencial, e por um segundo e último mandato -, de forma que Morales, que já teve três mandatos consecutivoscomo presidente graças a uma reforma constitucional e interpretações da lei favoráveis do Supremo Tribunal de Justiça boliviano, não possa disputar novamente o cargo.

O influente líder indígena vê na consulta popularuma nova tentativa do governo de tirá-lo da corrida presidencial. No ano passado, o TC o inabilitou a se candidatar em 2025, mas o ex-presidente tenta reverter essa sentença.

Os juízes doTCtêm 15 dias para validar ou rejeitar a proposta de referendo, que também propõe o fim gradual do subsídio aos combustíveis importados pela Bolívia.

O governo espera que os juízes validem o quanto antes sua iniciativa para que a consulta seja realizada em 1º de dezembro, quando acontecem as eleições judiciais para renovar os tribunais superiores, entre eles o Constitucional.

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