Lugo chama vídeo comprometedor de "montagem grosseira"
Lugo denunciou que o vídeo "tenta comprometer inutilmente diplomatas estrangeiros em manobras que nunca aconteceram"
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2012 às 18h36.
Assunção - A equipe do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo qualificou nesta quarta-feira como "montagem grosseira" o vídeo distribuído ontem pelo novo Executivo como suposta prova da intervenção da Venezuela na crise do Paraguai.
Em comunicado divulgado pelo site "Paraguai Resiste", Lugo denunciou que o vídeo "tenta comprometer inutilmente diplomatas estrangeiros em manobras que nunca aconteceram", com o intuito de "desviar a atenção" do "golpe parlamentar" que lhe custou o cargo.
O político alegou que as gravações divulgadas, do circuito fechado de segurança do Palácio do Governo, expõem não só o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, mas "todo o corpo diplomático e os chanceleres a uma situação vergonhosa".
A ministra da Defesa, María Liz García, que entregou ontem as filmagens à imprensa, manteve sua posição de que o material demonstra sua denúncia de que houve uma "incentivação" de Maduro, e o embaixador equatoriano, Julio Prado, aos altos comandantes militares do país para assegurar sua lealdade a Lugo durante a crise que levou a sua destituição.
Maduro se encontrava em Assunção em uma missão da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) que foi mediar na crise.
Nos vídeos, observa-se o deslocamento de Maduro, Prado e outros chanceleres da Unasul, de altos comandantes e várias outras pessoas, mas não se observa qualquer reunião do venezuelano com os militares nem se distinguem conversas nas fitas com áudio.
No comunicado, Lugo desprezou o "estilo delator de perseguição" da ditadura "estronista" (de Stroessner, de 1954 a 1989) que o uso dos vídeos "imita".
Com as imagens, segundo o ex-presidente, "procura-se despertar uma atitude patriótica que cobra, com fanatismo, investigações e esclarecimentos sobre o que verdadeiramente aconteceu".
O político acusou, também, a imprensa de promover a versão de "que a presença destes diplomatas na antessala da Presidência é uma prova irrefutável de conspiração", o que demonstra um "absoluto desprezo pela seriedade" e coloca "sob tensão" as relações internacionais do país.
"Qualquer diplomata que visite o Palácio do Governo do Paraguai de agora em diante poderá ser objeto de exposição desnecessária, com a difusão de imagens de suas câmeras de segurança, com a edição de imagens que não demonstram absolutamente nada", alertou.
Segundo Lugo, é preciso apenas bom senso" para entender que os cargos civis e comandantes militares de um país devem estar "com seu presidente em momentos em que se consuma um golpe constitucional".
A ministra da Defesa prestou depoimento à Promotoria sobre o caso e forneceu as gravações. A promotora encarregada, Stella Mary Cano, disse à imprensa que García se baseou na versão da reunião com Maduro que o chefe da Força Aérea, Miguel Christ, deu.
Segundo a promotora, Christ disse que o chanceler venezuelano "argumentou que, fosse qual fosse o resultado do julgamento político (pelo qual Lugo passava então), as Forças Militares responderiam ao então presidente Fernando Lugo".
Assunção - A equipe do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo qualificou nesta quarta-feira como "montagem grosseira" o vídeo distribuído ontem pelo novo Executivo como suposta prova da intervenção da Venezuela na crise do Paraguai.
Em comunicado divulgado pelo site "Paraguai Resiste", Lugo denunciou que o vídeo "tenta comprometer inutilmente diplomatas estrangeiros em manobras que nunca aconteceram", com o intuito de "desviar a atenção" do "golpe parlamentar" que lhe custou o cargo.
O político alegou que as gravações divulgadas, do circuito fechado de segurança do Palácio do Governo, expõem não só o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, mas "todo o corpo diplomático e os chanceleres a uma situação vergonhosa".
A ministra da Defesa, María Liz García, que entregou ontem as filmagens à imprensa, manteve sua posição de que o material demonstra sua denúncia de que houve uma "incentivação" de Maduro, e o embaixador equatoriano, Julio Prado, aos altos comandantes militares do país para assegurar sua lealdade a Lugo durante a crise que levou a sua destituição.
Maduro se encontrava em Assunção em uma missão da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) que foi mediar na crise.
Nos vídeos, observa-se o deslocamento de Maduro, Prado e outros chanceleres da Unasul, de altos comandantes e várias outras pessoas, mas não se observa qualquer reunião do venezuelano com os militares nem se distinguem conversas nas fitas com áudio.
No comunicado, Lugo desprezou o "estilo delator de perseguição" da ditadura "estronista" (de Stroessner, de 1954 a 1989) que o uso dos vídeos "imita".
Com as imagens, segundo o ex-presidente, "procura-se despertar uma atitude patriótica que cobra, com fanatismo, investigações e esclarecimentos sobre o que verdadeiramente aconteceu".
O político acusou, também, a imprensa de promover a versão de "que a presença destes diplomatas na antessala da Presidência é uma prova irrefutável de conspiração", o que demonstra um "absoluto desprezo pela seriedade" e coloca "sob tensão" as relações internacionais do país.
"Qualquer diplomata que visite o Palácio do Governo do Paraguai de agora em diante poderá ser objeto de exposição desnecessária, com a difusão de imagens de suas câmeras de segurança, com a edição de imagens que não demonstram absolutamente nada", alertou.
Segundo Lugo, é preciso apenas bom senso" para entender que os cargos civis e comandantes militares de um país devem estar "com seu presidente em momentos em que se consuma um golpe constitucional".
A ministra da Defesa prestou depoimento à Promotoria sobre o caso e forneceu as gravações. A promotora encarregada, Stella Mary Cano, disse à imprensa que García se baseou na versão da reunião com Maduro que o chefe da Força Aérea, Miguel Christ, deu.
Segundo a promotora, Christ disse que o chanceler venezuelano "argumentou que, fosse qual fosse o resultado do julgamento político (pelo qual Lugo passava então), as Forças Militares responderiam ao então presidente Fernando Lugo".