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Louvre reabre após ataque a patrulha militar

O suspeito, que seria um egípcio de 29 anos residente nos Emirados Árabes, foi baleado na barriga por um soldado.

Museu do Louvre (Wikimedia Commons)
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AFP

Publicado em 4 de fevereiro de 2017 às 19h02.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2017 às 19h36.

Turistas retornaram neste sábado ao Museu do Louvre, 24 horas depois de um ataque com facão a uma patrulha militar realizado por um homem, supostamente egípcio, que saiu do estado crítico, após ser ferido.

O suspeito, que seria um egípcio de 29 anos residente nos Emirados Árabes, foi baleado na barriga por um soldado. Ele não corre risco de vida, mas permanece entubado e não pode ser interrogado, indicou uma fonte ligada ao caso. As autoridades decidiram decretar sua detenção no hospital, para que possa ser interrogado posteriormente.

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O Egito condenou hoje o ataque: "O governo e o povo egípcios estão com o governo e o povo franceses contra o terrorismo", diz um comunicado da chancelaria egípcia.

"O Egito condena o ataque terrorista e pede à comunidade internacional que multiplique seus esforços na luta contra o perigoso fenômeno do terrorismo", acrescenta o texto, que não faz alusão à suposta nacionalidade egípcia do autor do ataque no Louvre.

O museu permaneceu fechado ontem, e reabriu às 8h30 GMT deste sábado, com vários turistas aguardando na porta.

No Carrossel do Louvre, centro comercial subterrâneo que dá acesso ao museu e onde aconteceu o ataque, havia duas longas filas de turistas, a maioria chineses. Uma de suas entradas, no entanto, permanecia fechada.

Policiais armados com fuzis faziam patrulha entre os turistas, que passavam por um controle de segurança no acesso ao centro comercial.

"Na Turquia, estamos acostumados às medidas de segurança", comentou o turista Ali Tali, 40, acompanhado de sua mulher. Ele estava no centro comercial no momento do ataque, e não mostrava preocupação hoje.

Em outra entrada do museu, na praça onde fica a conhecida pirâmide de vidro, outra visitante, a russa Elena Lordugen, 28, que mora na Alemanha, tinha outra reação: "Estou muito preocupada, mas como não pude vir ontem, decidi retornar."

- 'Para nossos irmãos na Síria' -

Por volta das 8h50 GMT desta sexta-feira, um homem portando dois facões de 40 centímetros avançou contra uma patrulha de quatro militares, gritando "Alá é o maior!".

Ele feriu levemente na cabeça um dos militares, e, em seguida, lançou-se sobre outro, que caiu no chão, informou o procurador de Paris, François Molins.

Um dos soldados tentou deter o agressor sem usar a arma, mas acabou efetuando quatro disparos.

Os investigadores tentam confirmar a identidade do homem, que não tinha ficha na polícia.

A análise de seu celular, dos registros europeus de vistos, bem como o registro de um apartamento no VIII distrito de Paris, parecem indicar que o homem é um egípcio de 29 anos residente nos Emirados Árabes, que entrou legalmente na França em 26 de janeiro, em um voo procedente de Dubai, indicou Molins ontem.

Embora os motivos do ataque sejam desconhecidos, o presidente francês, François Hollande, disse não ter dúvida de que se tratou de um ato "de caráter terrorista".

Os investigadores, que buscam possíveis cúmplices, estudam os tuítes de uma conta em árabe no nome de Abdallah El Hamahmy, que pode ser o agressor do Louvre.

Uma dezena de mensagens foram publicadas na conta minutos antes do ataque.

Uma delas dizia: "Em nome de Alá (...) para nossos irmãos na Síria e os combatentes em todo o mundo". Outra, publicada no minuto seguinte, parecia apoiar os jihadistas do Estado Islâmico (EI).

O grupo, que perdeu terreno nos territórios de Iraque e Síria onde proclamou um califado em 2014, continua ameaçando a França com represálias por sua participação na coalizão internacional naqueles dois países.

Em 2015 e 2016, a França foi alvo de uma série de atentados jihadistas, que deixaram 238 mortos e centenas de feridos. Vários destes ataques foram dirigidos a militares e policiais.

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