Lobão: "Esse imbróglio todo terá que ter uma saída na próxima semana, haja o que houver" (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2011 às 14h00.
Rio de Janeiro - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, indicou nesta quinta-feira que a proposta sobre os royalties do petróleo apresentada pelo governo poderá sofrer ajustes, visando acomodar os diversos interesses envolvidos para que se chegue a um acordo.
"Foi um primeiro debate, um grande debate, e estamos agora ainda estudando estas propostas", afirmou Lobão a jornalistas, após ser questionado sobre a insatisfação de Estados produtores de petróleo sobre as ideias do governo colocadas à mesa na quarta-feira.
Estados não-produtores também mostraram reservas à proposta, já que gostariam de ter ganhos maiores.
O ministro afirmou que uma nova reunião ampla será feita na semana que vem e que um acordo precisará ser alcançado.
"Esse imbróglio todo terá que ter uma saída na próxima semana, haja o que houver."
O governo busca um acordo que evite que seja colocado em votação no Congresso, no início de outubro, o veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto que propõe uma redistribuição dos royalties do petróleo de forma igualitária entre os entes da federação, o que traria grandes perdas aos Estados produtores.
Lobão afirmou que a proposta do governo não é ruim para o Rio de Janeiro.
"A rigor, em números absolutos, os Estados (produtores) não perdem nada, apenas deixariam de ganhar. Porque como a produção é crescente, os royalties também são crescentes, então não perderiam em números absolutos", afirmou.